quarta-feira, 12 de junho de 2013

Análise do jogo três final NBA

Bombardeamento total


Desde que as finais dos playoffs tem este formato (2-3-2), o jogo três tornou-se fundamental. As estatísticas valem o que valem, mas em 92% das vezes a equipa que ganhou o jogo três foi campeã. E se por um lado os Miami queriam recuperar já o factor casa, os Spurs queriam começar bem e prolongar a sua vantagem. 

Logo no primeiro período, foi notório que seria a equipa da casa a conduzir as despesas do encontro e apesar de no segundo período existir um certo equilíbrio (parcial 26 – 24 a favor dos Spurs) o jogo estava a mudar. Os Spurs estavam a começar a obrigar os Heat a cometer turnovers e estavam a começar a lançar bombas de três pontos. E o que se viu na segunda parte foi um autêntico massacre por parte dos Spurs, era um bombardeamento de triplos de todo o lado, de todas as formas e de todos os feitios e os Heat não conseguiam sequer defender ou dificultar a vida aos atiradores do Texas. Os Spurs executavam na perfeição “screens” para abrir espaço ou rodavam a bola até encontrarem os seus atiradores que estavam a ferver. Verdade é que GaryNeal e Green fizeram 13 triplos em 19 tentados, sendo que os Spurs bateram o record de triplos numa final com 16 em 32 (50% de aproveitamento). 


Mas não pensem que foi só pelos triplos que San Antonio ganhou, San Antonio foi absolutamente dominador em vários aspectos. Mais ressaltos totais (52 contra 36 de Miami), mais ressaltos ofensivos (19 contra 9 de Miami), menos turnovers (12 contra 16 de Miami), mais pontos em contra ataque (20 contra 11 de Miami), mais pontos marcados no jogo interior (40 contra 32 dos Miami). Sendo que esta derrota dos Heat frente aos Spurs por 113-77 foi a pior derrota da do Franchisng da Florida nos playoffs. 

Relativamente a Miami há muito pouco ou quase nada a dizer, pois a defesa de San Antonio foi sufocante, que o diga Lebron James que converteu apenas sete lançamentos em 21 tentados. 

Esta foi a vitória número 100 para o trio Ginobili, Parker, e Duncan nos playoffs sendo apenas ultrapassados pela trio Magic, Kareem, e Couper na historia da liga. 

Como será que Miami irá responder no próximo jogo? Na madrugada de Quinta-feira para sexta-feira às 2 horas todos os olhos estarão no AT&T CENTER.

Este artigo foi redigido por Rúben Vanravan, colaborador do blog

Paulo Fonseca uma aposta de risco?

Risco com conta, peso e medida

 


Paulo Fonseca é anunciado no Dragão, vindo do Paços de Ferreira, depois de ter conseguido o feito inédito de levar aquela equipa pela primeira vez na sua história a uma eliminatória da Liga dos Campeões. O Paços de Ferreira foi naturalmente considerada a equipa sensação desta época no nosso campeonato e não foi só pela sua classificação e pelos seus resultados, foi também, pela forma como demonstrou o seu futebol, pela forma como se debateu perante "os grandes" e também pela forma como potenciou os seus jovens talentos.

Posto isto e sendo Paulo Fonseca o principal responsável por todo este sucesso da equipa do Paços, um treinador jovem e ambicioso, com métodos de treino avançados e filosofias de jogo bastante apuradas... é uma aposta de risco ? Não na minha opinião.


As últimas apostas de Pinto da Costa mostram a sua preferência por treinadores jovens (menos 45 anos), com sucesso nas suas anteriores experiências e com traquejo a nível táctico e do treino. Paulo Fonseca não foge desse "range" e enquadra-se perfeitamente no perfil que Pinto da Costa tanto gosta. A única dúvida que fica é se Paulo Fonseca irá manter ou melhorar o trabalho de Vítor Pereira e corresponder a aposta que fizeram nele. O Ex-Treinador do Paços recebe uma herança muito pesada (uma derrota na Liga nas últimas três épocas é um exemplo) e terá que trabalhar muito para conseguir manter este clube na rota do sucesso. O novo treinador do Porto é conhecido como uma pessoa bastante capaz de gerir o balneário e conseguir a confiança das seus atletas, mantendo sempre uma boa relação entre toda a estrutura. Será interessante ver como irá lidar com os tubarões de um clube grande (Helton, Lucho, etc...). Será também interessante verificar como se irá envolver na política de contratações do clube e que escolhas tomará na chegada e na partida de alguns jogadores.

Será esta, mais uma rampa de lançamento de mais um jovem treinador de sucesso para um grande
europeu ? A acção está do lado de Paulo Fonseca e ele estará mais do que pronto para responder a este desafio.

Este artigo foi redigido por João Pinho, colaborador do blog

Rescaldo de Roland Garros 2013

O Alien, a Alien e o futuro lusitano


Começo por falar da alien Serena Williams, sim essa mulher extraterrestre que ganhou 16 grands slams em toda a sua carreira. Contam se cinco Austrália open, cinco Wimbledon, quatro Us open e agora dois Rolland Garros. Com uma potencia e profundidade de jogo muito superior as suas rivais, acrescentou agora um excelente jogo de pés que permite ser mais dominadora em terra batida. Finalizou com um ace a 198 Km/h num jogo em que dominou e onde penso que ela está dois degraus acima de todo o restante circuito feminino. É favorita nos torneios que se aproximam neste caso Wimbledon, e depois os dois masters na América do Norte e finalmente o Usopen.

Continuando a falar no sector feminino, tudo igual, ou seja, o jogo não evolui. Serena continua a mandar a seu belo prazer e penso que o ténis feminino precisa de uma mudança, que ao contrario do masculino anda a perder interesse a nível tenistico e a ganhar interesse devido às modelos que pegam na raquete, pois muitas delas nem parecem tenistas mas modelos. 


Falando agora do futuro lusitano, o jovem Frederico Silva já ganhou dois junior grand slam mas em pares com um parceiro britânico Kyle Edmund. Posso-vos dizer nomes de jogadores que já ganharam juniores slams em pares e depois vieram a ser grandes jogadores, como são o exemplo de Fernando Gonzalez, Tommy Robredo, Nalbandian, Roger Federer etc. Frederico Silva, terá de seguir este caminho e Nadal disse recentemente que ele possui uma esquerda muito rápida que fará estragos em relva mas tem de evoluir a nível mental. Precisa de apoio por parte do nosso pais não a nível financeiro, mas competitivo e de treino. Estou confiante que o Frederico Silva venha a tornar-se pelo menos um top 30 no seu pico de carreira, mas espero que faça mais claro no entanto só podemos esperar e continuar a ter crença neste jovem.


Não me quero esquecer do ovni que supostamente caiu em mallorca em 1986, Rafael Nadal, pois a força mental que este rapaz possui não pode ser humano, pois a maneira como ele suportou o jogo intenso e poderoso de Djokovic nas meias finais, onde esteve por baixo e foi ganhar o jogo. Afinal como consegue arranjar motivação para continuar a ganhar Rolland Garros e outros torneios em terra vezes sem conta? Mas o melhor de tudo isto, é que ele consegue evoluir sempre quando vem de situações negativas.

Quem conhece Rafael Nadal, sabe bem como ele desenvolveu o seu jogo ao longo dos anos, principalmente o jogo ofensivo, pois hoje em dia Nadal está longe de ser um pucher, alias é quase um offensive baseliner com muitas transições rápidas à rede, um serviço muito mais eficaz, com uma grande direita, uma boa esquerda, um grande slice e um bom volley, onde mesmo com um péssimo joelho continua capaz de ganhar aos melhores.

Nadal e Federer, são jogadores especiais que não vão ter nenhum clone nos próximos anos e quem sabe décadas. Djokovic é óptimo mas não é especial e Murray idem aspas. Penso que os últimos jogadores especiais foram Borg e Mcenroe, que são jogadores que tem algo diferente e Nadal é mesmo um jogador diferente, da maioria dos grandes jogadores. 


Falando no geral do torneio, penso que não houve surpresas, foi o Grand Slam mais previsível dos últimos anos, tirando a derrota de Berdych na primeira ronda e os dois trintões, Tommy Robredo e Tommy Haas a chegarem aos quartos da competição. Federer não era favorito e como disse ia passar com facilidade as primeiras rondas mas ao primeiro teste caiu. Djokovic saiu bem das dificuldades iniciais tal como Nadal. Ferrer passou bem todas as eliminatórias e só perdeu três sets mas por azar todos no mesmo jogo contra Nadal na final. Este ultimo perdeu quatro sets  na competição, um numero anormal para quem já ganhou duas vezes sem perder um único set. Ficou provado que mesmo com uma certa idade os jogadores possuem uma grande condição física e fica cada vez mais difícil os jovens entrarem no top 100.

No geral foi um torneio positivo onde assistimos a grandes jogos e a grandes remontadas. O publico Francês é dos mais vibrantes do Mundo. Espero que continue assim e see you next year Rolland Garros.

Este artigo foi redigido por David Bento, colaborador do blog

terça-feira, 11 de junho de 2013

Jogo desigual?

Chile pretende confirmar favoritismo


O Chile vem em crescendo com dois triunfos consecutivos, tendo vencido na última ronda fora de portas o Paraguai por 1-2 e na jornada anterior no mês de Março venceu em casa o Uruguai por 2-0 depois de uma fase onde teve quatro derrotas seguidas. Três desses quatros desaires seguidos, foram partidas algo difíceis, na deslocação ao Quito perdeu 3-1 frente ao Equador, que em casa tem a altitude a seu favor. No jogo seguinte perdeu em casa por 1-3 frente à poderosa Argentina, numa brilhante exibição da alvi-celeste. Antes destas duas derrotas tinha perdido em casa por 1-3 frente à Colômbia, uma selecção que tem feito uma qualificação brilhante. 

Esta equipa do meio-campo para à frente é forte, tem um meio-campo coeso com Medel/Vidal e depois Diaz dá-lhe outro perfume em termos ofensivos. Na frente de ataque Vargas e Alexis Sanchez são duas armas fortíssimas que Sampaoli tem à disposição, isso viu-se no Paraguai na última partida, onde Vargas marcou um grande golo. O momento actual desta selecção é excelente, tendo perdido apenas na deslocação ao Perú por 1-0 nos últimos seis jogos que efectuou. Defrontaram-se em La Paz nesta mesma qualificação e mesmo com a altitude a seu favor, a Bolívia perdeu em casa por 0-2. 

Na fase de apuramento para o Mundial 2010 na África do Sul, o Chile venceu em casa por 4-0 com um bis de Alexis Sanchez, uma partida que foi disputada no dia 11 de Junho de 2009. Um aspecto interessante que é o facto do Chile ainda não ter nenhum empate neste apuramento, com seis vitórias e cinco derrotas. Apenas no último triunfo frente ao Paraguai, os chilenos não venceram por diferença de dois golos, mas tiveram a vencer por uma diferença de duas bolas durante muito tempo, com Santa Cruz a reduzir bem perto do final da partida. O Chile em casa tem uma média de 2 golos marcados por jogo, tendo marcado dez e sofrido sete.


A Bolívia apenas obteve até agora duas vitórias e ambas em casa, onde têm a altitude de La Paz a seu favor. Uma delas foi frente ao último classificado o Paraguai por 3-1. Fora de casa perdeu quatro das cinco deslocações que efectuou, o único resultado positivo foi em Buenos Aires no empate a uma bola frente à Argentina. A Bolívia fora de casa tem uma média superior a dois golos sofridos por jogo

Vem de três derrotas fora de casa e acima de tudo não marcou qualquer golo, nos desaires por 5-0 frente à Colômbia e nas derrotas por 1-0 frente a Venezuela e Equador. Esta equipa fora da Bolívia perde muita força, em casa como disse em cima beneficia da altitude e mesmo em La Paz perdeu alguns jogos, um deles frente ao Chile por 0-2. A estrela da companhia é Moreno que neste momento alinha ao serviço do Flamengo e será ele a principal ameaça para a defensiva chilena. 


A Bolívia é algo limitada, irá tentar jogar no erro do adversário, certamente que serão quase todos atrás da linha da bola à espera que caia algo do céu.. Do outro lado, o Chile tem outros argumentos, tem uma dinâmica ofensiva muito grande, com os laterais a subir constantemente e com certeza irão criar muitos problemas na defesa boliviana que é a terceira pior do grupo. A diferença entre as duas selecções é grande e para mais jogando em casa, o Chile irá ganhar facilmente esta partida que poderá terminar mesmo numa goleada.

Este artigo foi redigido por Pedro Ribeiro, colaborador do blog

Uruguai em maus lençóis

Uruguai entre a espada e a parade


Este é sem duvida o jogo mais importante da noite. A Venezuela que se encontra no quinto lugar, o ultimo que dá acesso ao Playoof de apuramento para o Mundial de 2014, recebe na minha opinião a grande desilusão desta fase de qualificação que é o Uruguai. Arrisco-me a dizer que se o Uruguai perder hoje terá poucas probabilidades de estar no Brasil em 2014.

A Venezuela é sem duvida uma das agradáveis surpresas para mim. Não é um conjunto com grandes estrelas, mas faz do colectivo a sua principal arma. Em termos individuais, Arango e Rondón são a estrelas desta equipa. A equipa Venezuelana sabe que em caso de vitória dá um passo de gigante rumo ao Brasil, pois afasta-se dos seus mais directos adversários, principalmente este Uruguai e além disso, o Peru o sexto classificado, tem uma deslocação bastante complicada à Colômbia. Jogando em casa esta equipa Venezuelana tem três vitórias, um empate e uma derrota contra o Chile por 0-2. De destacar nesta equipa a vitória obtida sobre Argentina por 1-0, sendo um grande marco para este selecção. 


O Uruguai é a grande desilusão. Olhando para o lote de jogadores é inacreditável a sétima posição que esta equipa ocupa. Depois do excelente Mundial em 2010 estes jogadores vão querer marcar presença no Brasil e mostrar que são uma grande selecção. É uma selecção recheada de grandes valores. Álvaro Pereira, Lugano, Cáceres e Maxi Pereira são jogadores que dão segurança defensiva. Na frente, irão jogar Cristian Rodriguez e Cavani, que garantem qualidade a esta selecção. Esta equipa não poderá contar com Suárez para este encontro. Fora de casa a equipa Uruguaia tem um registo completamente desastroso com um empate e quatro derrotas. De destacar que algumas destas derrotas foram por números expressivos, como o 3-0 na Argentina, o 4-1 na Bolívia etc. O único empate foi no Paraguai por 1-1. 


Vai ser sem duvida um jogo bastante interessante de seguir. O Uruguai só poderá pensar na vitória pois sabe que uma derrota pode ditar o fim. Também convém dizer que tem menos três pontos que esta Venezuela, mas têm menos um jogo, logo o empate não atira a equipa para fora da corrida.

Este artigo foi redigido por Tiago Rodrigues, administrador do blog

Grande jogo na América do Sul

Grande jogo em perspectiva



Autor de uma campanha muito respeitável até aqui nesta fase de qualificação, o Equador ocupa o 3.º lugar da zona sul-americana com os mesmos 20 pontos da 2.ª classificada Colômbia. Estão ambos com menos um jogo disputado em relação à líder Argentina e 2 pontos à frente do Chile. Mesmo com as derrotas mais recentes num particular com a Alemanha (4-2) e no último sábado na deslocação até ao Perú (1-0), a selecção do Equador tem tido bons resultados ao longo dos últimos tempos, especialmente em casa. A jogar perante os seus adeptos nesta fase de apuramento, o aproveitamento dos equatorianos é fantástico, com um pleno de vitórias em 6 jogos, contra Venezuela (2-0), Perú (2-0), Colômbia (1-0), Bolívia (1-0), Chile (3-1) e Paraguai (4-1).

Nesta recepção à Argentina, o objectivo passa por conquistar os 3 pontos e encurtar distâncias para a liderança, ao mesmo tempo que se aumenta a vantagem em relação ao Chile, que também tem mais 1 jogo disputado. Para hoje, a alteração de maior destaque na equipa do Equador é o regresso de Felipe Caicedo.

Equador: Banguera; Ibarra, Guagua, Erazo, Ayoví; Valencia, Castillo, Colón, Montero; Caicedo, Benítez.


A selecção da Argentina tem dominado com alguma naturalidade esta fase de qualificação na zona sul-americana, sendo o líder do grupo, com 25 pontos em 12 jogos, 5 a mais em relação a Colômbia e Equador, que ainda assim têm menos 1 jogo realizado. Não perdem 1 jogo oficial há quase 2 anos, altura em que perderam na Venezuela já a contar para esta fase de qualificação. Depois disso, só perderam num particular contra o Brasil. Depois dos triunfos contra os brasileiros (2-1) e os suecos (3-2) em dois jogos particulares, a Argentina bateu a Venezuela (3-0) e empatou com a Bolívia (1-1) e Colômbia (0-0), este último na passada sexta-feira. Depois do desaire em território venezuelano, os argentinos não vacilaram mais a jogar longe de casa, sendo curioso verificar que desde aí marcaram e sofreram sempre golos neste apuramento.

As grandes baixas confirmadas para este jogo são as de Gonzalo Higuaín e Pablo Zabaleta, ambos a cumprir suspensão automática. A estrela da companhia, Lionel Messi, ainda não está na melhor forma física e espera-se que inicie o jogo no banco de suplentes.

Argentina: Romero; Peruzzi, Garay, Basanta, Fernández, Rojo; Bañega, Mascherano, Di María; Palacio, Agüero.


Jogo importante para começar a definir as primeiras posições nesta fase de qualificação para o Mundial 2014. A Argentina lidera e sabe que só uma hecatombe a retiraria da fase final a disputar no Brasil, enquanto o Equador também segue muito bem encaminhado para atingir esse objectivo. Os equatorianos têm tido um trajecto caseiro absolutamente irrepreensível neste apuramento e dificilmente perderão algum jogo em casa até ao fim do mesmo, a manter a qualidade exibida. No último sábado, perderam no Perú, enquanto a Argentina empatou na recepção à Colômbia. Hoje, creio que a estatística venha a ser fiel ao que tem acontecido quando os argentinos têm jogado fora nesta competição: golos de ambas as equipas. O Equador em casa tem ganho tudo o que há para ganhar, mas encontra esta noite uma Argentina bem preparada e orientada, pelo que dificilmente terminará o jogo sem sofrer, até porque querem manter a liderança do grupo e garantir o quanto antes a presença no Brasil em 2014.

Este artigo foi redigido por Hugo Cruz, colaborador do blog

Tudo empatado na final da NBA. Quem sairá hoje na frente?

Tudo empatado


Após a surpreende vitória dos Spurs no jogo 1, o mundo esperava agora uma reacção dos campeões. Estatisticamente há muito que os Miami não perdiam 2 jogos seguidos e sendo que os próximos três jogos são no Texas, os Miami enfrentavam um jogo decisivo. 

Pouco após o jogo começar, notou-se que os Spurs não estavam a cuidar tão bem da bola como fizeram no jogo um, acabando com mais turnovers na primeira parte do que em todo o jogo um. Apesar disso os Spurs andaram sempre na luta, por força do fraco desempenho pontual de LeBron James e pela excelente eficácia de Danny Green que, saiu para o intervalo com 100% de lançamentos convertidos. 


À saída para o intervalo o capitão de equipa Dwayne Wade disse, no flash interview, que os Heat estavam cansados e houve quem pensasse o pior. E de facto os Miami deixaram-se apanhar pelos Spurs no terceiro período após terem começado melhor. No entanto, no final do terceiro período Miami disparou no resultado e nunca mais olharam para trás. Os Spurs simplesmente não conseguiram acompanhar o ritmo ofensivo, sendo que apesar de LeBron estar a marcar poucos pontos (entrou para o 4º período com apenas 8 pontos) estava a conseguir distribuir jogo e envolver os seus colegas de equipa. De facto os turnovers de San Antonio estavam a dar pontos fáceis a Miami, conseguindo suplantar assim o domínio pelos ressaltos em ambas as tabelas por parte dos Texanos. 

A um determinado ponto do 4º período os jogadores dos Spurs renderam-se e deitaram a toalha ao chão, uma medida inteligente pois jamais ganhariam este jogo e há que poupar esforços para os próximos jogos. Apesar de terem roubado o factor casa logo no primeiro jogo de certo que os Spurs percebem que se quiserem ganhar não podem cuidar tão mal da bola com fizeram neste jogo. 


Por outro lado Miami decerto que percebeu que precisa de procurar provocar mais turnovers, e sair no ataque rápido para ter pontos mais fáceis, e procurando envolver os outros jogadores para alem do Big 3, procurando assim criar mais possibilidades de ataque dificultando a defesa a San Antonio. 

Apesar deste jogo muito bem ganho por Miami, a equipa da Florida está em ligeira desvantagem, pois os próximos 3 jogos são em San Antonio o que obrigará a Miami a ganhar pelo menos um jogo se quer voltar a jogar no AmericanAirlines Arena. 

O próximo jogo será nesta madrugada pelas 2h00.

Este artigo foi redigido por Rúben Vanravan, colaborador do Blog

sábado, 8 de junho de 2013

Rescaldo do Portugal vs Rússia

Tudo em aberto


Portugal conseguiu uma importante vitória frente à Rússia, levando os comandados de Paulo Bento ao primeiro lugar do grupo, apesar de ter mais dois jogos que a Rússia, segunda classificada. Foi como um balão de oxigénio, depois dos últimos resultados da nossa selecção. 

Portugal mostrou que quer estar no Mundial. E a exibição mostrou isso mesmo. Querer, garra, determinação marcaram a exibição de Portugal na primeira parte. O golo aos 9’, por Postiga (quinto golo em sete jogos nesta qualificação) também ajudou a equipa a ganhar tranquilidade que a selecção tanto precisava.

Nos últimos 15 minutos da primeira-parte, os russos, que foram obrigados a fazer duas substituições por lesão, apareceram finalmente na partida e colocaram em sentido a defensiva portuguesa até ao intervalo. Pelo meio ainda houve tempo para um lance que motivou protestos no banco de suplentes de Fábio Capello: uma alegada mão na bola de Fábio Coentrão dentro da área não foi assinalada pelo árbitro.


A reacção da Rússia deu-se na segunda parte e a resistência de Portugal foi colocada à prova. Bystrov, aos 69 minutos, num pontapé de bicicleta, fez a bola passar perto da trave de Rui Patrício. Por essa altura Paulo Bento já tinha feito entrar Nani e tirado Postiga, passando Cristiano Ronaldo para o centro do ataque. A Rússia insistia, aos 79m Bystrov introduziu a bola na baliza, mas estava fora de jogo.

O apito final lá acabou por aparecer e na Luz, tanto jogadores como adeptos respiraram de alívio, naquela que foi uma vitória sofrida, mas justa, que mantém Portugal com o sonho em aberto pela presença no Rio de Janeiro em 2014.


Esta Rússia mostrou aquilo que já tinha dito. Uma equipa muito fria e calculista. O futebol deles por vezes parece enervar, pois mesmo estando a perder por 1-0, pouco ou nada arriscaram em busca do empate. A diferença entre Portugal e Rússia afinal está onde? Pois eles infelizmente não falham com selecções como Israel ou Irlanda Norte...

P.S - Mais uma vez foi Hélder Postiga a resolver o encontro. Continuo a não perceber as criticas feitas a este ponta de lança. Os números falam por si e este ano foi das melhores épocas do avançado Português tanto a nivel de clube como da selecção.

Este artigo foi redigido por Tiago Rodrigues, administrador do blog

Spurs roubam factor casa

Spurs "roubam" factor casa



O cenário estava montado em South Beach, as bancadas completamente cheias, e toda a gente esperava o jogo do ano. As equipas estavam prontas e as estrelas de ambas as partes mostravam um expressão mais fechada e concentrada, enquanto outros jogadores iam aquecendo. 

Em campo estavam as duas melhores equipas da liga, que embora com estilos bastante diferentes, arrastam multidões pelo mundo. Se por um lado os Miami tem um tipo jogo baseado no aspeto atlético, os San Antonio Spurs são uma equipa que executa muito bem o seu playbook utilizando um conceito mais de equipa. 

Logo deste o início do jogo toda a gente constatou que iria ser um jogo equilibrado, com ambas as equipas a jogarem bem sem muitos turnovers. Do lado de Miami foi notório o esforço de LeBron James em fazer um jogo mais all-round. Os ressaltos ganhos por LeBron permitem uma transição mais rápida para o ataque e juntando ao facto que ao ser vítima de constantemente de um 2 para 1 o LeBron consegue, através de assistências, envolver mais os companheiros nas tarefas ofensivas. O Resultado deste esforço foi o seu triplo duplo (18 pontos, 18 ressaltos, 10 assistências). Dwayne Wade teve provavelmente o seu melhor jogo dos playoffs desde a série contra Milwaukee, estando bastante presente em todos os aspetos do jogo. Miami liderou em sempre os 3 primeiros períodos. 


Do lado de San Antonio Spurs apesar de ter tido um jogo menos conseguido, a nível percentual da linha de 3 pontos, a qualidade da posse de bola foi fantástica, igualando a cifra dos Detroit Pistons de menos turnovers cometidos durante um jogo das finais em 2005 , precisamente contra os Spurs. Apesar do excelente jogo de Tim Duncan ( 20 pontos, 14 ressaltos) o jogo interior dos Spurs foi menos conseguido ( - 9 ressaltos no total que Miami , - 3 ressaltos ofensivos que Miami) mas mais eficiente ( + 6 pontos marcados no interior que Miami). 

Se costuma ser normal um 3º período de Miami Heat, decerto que ninguém estaria á espera de um eclipse quase total no 4º período, marcando apenas 16 pontos. Tal como Dwayne Wade disse a fadiga pode ter sido um dos fatores que contribui para o abrandamento ofensivo dos Heat, e acredito que colocar o LeBron James a defender o Tony Parker a meio do 4º período ajude a aumentar essa mesma fadiga. É verdade que o Tony Parker pegou na bola e marcou 10 pontos e conduzindo o jogo dos Spurs no ultimo quarto, mudando o ímpeto do jogo, mostrando que Mario Chalmers e Norris Cole não estavam a conseguir parar o francês, mas colocar o LeBron James a defender o Tony Parker decerto que ia desgastar o MVP. (recorde-se que os Heat tiveram menos dias de descanso que os Spurs ).


 No final, numa jogada fantástica cheia de esforço e determinação de Tony Parker sentenciou um jogo de grande qualidade, competitivo e equilibrado. Os Spurs roubaram para já a vantagem do factor casa logo no primeiro jogo em South Beach. Domingo há mais

Este artigo foi redigido por Rúben Vanravan, colaborador do blog

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Jogo importante para Portugal

Vida ou Morte?



Portugal defronta hoje a Rússia em jogo a contar para o Grupo F. É um jogo entre as duas melhores equipas do grupo, em que uma está a fazer uma campanha exemplar e a cumprir com a metas pretendidas, enquanto a outra, está a desiludir e encontra-se neste momento no terceiro lugar e fora dos lugares que dão acesso ao Mundial.

Portugal tem sido uma enorme desilusão neste apuramento. Resultados completamente escandalosos como o empate a uma bola com a Irlanda do Norte e o empate em Israel são o espelho desta campanha. A equipa Portuguesa como se sabe têm das melhores selecções da Europa, mas falta-lhe banco pois o banco da nossa selecção é muito limitado. Temos em Cristiano Ronaldo a estrela da companhia, mas temos grandes jogadores como Nani, Moutinho, Veloso etc. 

Para este jogo Portugal vai ter uma grande baixa na defesa, falo de Pepe. A sua ausência será colmatada com Neto, defesa central do Zenit. Até poderá ser bom para a nossa selecção pois Pepe não tem tido ritmo de jogo e Neto e Bruno Alves estão habituados a jogar juntos no Zenit.

Na antevisão do jogo Paulo Bento disse o seguinte: "Neste momento estamos em pior posição que o nosso adversário de amanhã, que está mais confortável por estar à frente do grupo e com menos jogos realizados, mas cabe-nos competir da melhor maneira e ir atrás do objectivo que tivemos em todos os outros jogos, que é tentar ganhar. Não vamos fugir disso, sabendo que do outro lado está uma equipa que está por mérito próprio na frente do grupo e que tem grande qualidade, prova disso é ter vencido os quatro jogos anteriores sem sofrer qualquer golo"

Onze provável de Portugal: Rui Patrício, João Pereira, Bruno Alves, Neto, Fábio Coentrão, Raul Meireles, João Moutinho, Miguel Veloso, Nani, Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga.


A Rússia têm feito uma campanha exemplar. Estes Russos não jogam um futebol bonito nem atractivo, mas vão vencendo os seus jogos. Nos quatro jogos tem oito golos marcados e nenhum golo sofrido. A sua forma de jogar por vezes irrita pelo facto de ser muito chata e compacta. Venceu Portugal 1-0 no jogo na Rússia mas beneficiou pelo facto de estar a jogar num relvado sintético. 

Olhando para a equipa Russa é uma equipa que já joga junta alguns anos. Tem um guarda redes de classe mundial na minha opinião que é Akinfeyev. Depois na frente de ataque há muito qualidade como são os exemplos de Dzagoev e Kerzhakov. Acredito numa Rússia defensiva esta noite em Lisboa, pois um empate era um óptimo resultado para os Russos. 

Fábio Capello, o treinador Russo na antevisão do encontro disse o seguinte: "Quem não se sente motivado a representar a selecção não pode estar aqui. Espero sempre o máximo dos jogadores, concentração total. Frente a equipas mais fracas isso pode ser um problema, mas frente a Portugal vão estar todos motivados"

Onze provável da Rússia: Akinfeyev, Anyukov, Vasily Berezutsky, Ignashevich, Kombarov, Denisov, Zhirkov, Bystrov, Shirokov, Dzagoev e Kerzhakov.


Na minha opinião é sem duvida um jogo de vida ou de morte para Portugal. Uma derrota deixa a selecção quase fora do Brasil. Uma vitória permite sonhar ainda com o primeiro lugar e ultrapassar Israel na segunda posição. Comparando as duas equipas, a nossa selecção tem valores superiores a estes Russos e jogando sobre pressão acredito que iremos ganhar e dar um passo importante rumo ao Mundial 2014.

Este artigo foi redigido por Tiago Rodrigues, administrador do blog

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Começa hoje a final da NBA

Que comece o espectáculo 



Estão encontradas as duas equipas para a final da NBA. Do lado Oeste os San Antonio Spurs, uma equipa centrada em 3 jogadores já experientes nestas andanças. Juntos Tony Parker, Manu Ginobili e Tim Duncan já se tinham sagrado campeões por 3 vezes (2003, 2005, 2007). Nos últimos anos os San Antonio tentou contornar o envelhecimento destes 3 grandes jogadores com uma equipa mais jovem e atlética, sendo que o treinador centrou mais o jogo em Tony Parker, dando-lhe mais liberdade criativa e imprimindo um estilo de jogo um pouco mais rápido. Mas a quase perfeição na forma como a equipa executa cada jogada continua com principal característica do jogo dos Spurs.
Nos últimos dois anos os Spurs fizeram épocas regulares bastante boas, afirmando-se como potenciais candidatos ao titulo, mas a falta da experiência dos novos jogadores misturado com a falta de maturação desta nova tipologia de jogo fez com que os Spurs tivessem tido playoffs bastante longe do esperado, roçando mesmo o fraco, especialmente em 2011 em que foram derrotados pelos Memphis Grizzles (2ª vez na historia da NBA que um 8º classificado conseguiu eliminar o 1º na primeira ronda). Mas San Antonio melhorou, cresceu e os desaires nos playoffs começaram a trazer alguma experiência á equipa e sobretudo mais e melhores ajustes no novo sistema de jogo implantado.

Assim este ano os Spurs conseguiram não só chegar ás finais como passearam classe nos playoffs, sendo que os jogadores mais experientes parecem estar fisicamente bem, e alguns em grande forma. Que diga o Dwight Howard que recentemente admitiu que durante a primeira ronda dos playoff andou constantemente a levar lições de basquetebol de um suposto acabado com 37 anos chamado Tim Duncan.

Para juntar a isto os Spurs irão ter 10 dias de descanso entre o último jogo das finais de conferência e o primeiro jogo das finais, marcado para dia 6 de Junho. Há quem diga que por vezes tempo em excesso pode provocar um descarrilamento no mindset de algumas equipas, mas neste caso provavelmente será extremamente útil para recuperar e preparar fisicamente melhor os atletas mais experientes. Decerto que Greg Popovich irá tentar limar as últimas arestas ou não fosse ele um treinador que batalha muito por um perfeccionismo da execução do seu playbook.


Do lado de Este temos, sem surpresa alguma, os Miami Heat. Este ano os Heat reforçaram-se bastante bem sobretudo o banco, sendo a sua principal aquisição Ray Allen. O veterano base, aceitou menos dinheiro do que os Boston Celtics ofereciam para puder voltar a lutar por um título. Mas o jogo no jogo de Miami faltava uma certa atitude no jogo interior, algo que eles conseguiram com a aquisição do Cris Anderson, que contrato temporário atrás de contrário temporário conseguiu provar a sua utilidade para equipa e conseguiu um contrato garantido até final do ano.

Os Miami Heat têm tido um playoffs irregulares, misturando jogos de excelência com jogos em que o Dwayne Wade e Chris Bosh completamente apagados. Essa irregularidade só têm sido esbatida por alguns jogos fantásticos de LeBron James dignos de um verdadeiro número 23.


Nesta final espero ver uns Spurs mais matreiros, jogando mais a meio campo utilizando o jogo interior como arma principal, sendo que Miami irá tentar jogar rápido tentando utilizar as interceções de passes para fomentar o ataque. Os factores chave serão a forma como ambas as equipas irão utilizar os seus bancos, e se Wade e Ginobili irão estar bem fisicamente. 

Este artigo foi redigido por Rúben Vanravan, colaborador do blog

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Jorge Jesus fica ou não? A minha resposta neste artigo

Jesus sim ou não?


Quando tudo parecia ser um casamento perfeito, as ultimas semanas encarnadas puseram em risco o copo de água. Luís Filipe Vieira ao que tudo indica está pressionado para não renovar com Jorge Jesus, mesmo depois de em Amesterdão, este ter afirmado que Jesus era o seu treinador. É verdade que o Benfica esta ano não ganhou nada. Muitos dizem que foi azar, mas como se diz, à primeira todos caem, à segunda só cai quem quer e quem cai à terceira é burro. 

Todos nós nas nossas vidas atingimos o limite das nossas capacidades. Jorge Jesus parece-me que já atingiu a dele no Benfica. Não quero com isto dizer que Jorge Jesus é mau treinador, longe de mim, mas já não é o treinador indicado para o Benfica. O treinador encarnado devolveu a mística, a onda vermelha parece ter voltado, o Benfica é respeitado na Europa e tem uma mentalidade mais vencedora daquela que tinha antes de Jesus, mas afinal o que lhe falta? pois faltam títulos e o futebol vive-se disso mesmo.

Jorge Jesus falha sempre nos momentos decisivos. Se voltar-mos uns anos atrás e lembrar-nos do ano em que o Benfica foi campeão Nacional com Jorge Jesus, apenas foi campeão na ultima jornada, pois na visita ao Dragão na penúltima jornada, onde um empate bastava para ser campeão a equipa voltou a vacilar. Agora não tenho duvidas, em afirmar que nesse ano o Benfica teve alguma "sorte" de ser o Braga o segundo classificado. Se fosse o Porto a liga tinha o mesmo término? a duvida fica no ar. O segundo ano de Jesus no Benfica foi desastroso. Na taça de Portugal, mesmo depois de terem ganho no Dragão por 2-0 a equipa na luz levou a reviravolta. As culpas dessa época foram para Roberto. No ano passado a liga perdeu-se a liga por culpa própria, pois o Benfica tinha cinco pontos para gerir. Salvou-se uma boa presença na liga dos campeões onde só caiu nos quartos de final perante o Chelsea ( que ganhou a edição da Champions esse ano) e a conquista da taça da liga.


Este ano, tinha tudo para ser o ano do Benfica. A melhor época do Benfica dos últimos trinta anos estava a chegar, mas mais uma vez a equipa vacila nos jogos importantes. Muitos dizem que o titulo foi perdido em casa contra o Estoril, mas não, o titulo foi perdido no Dragão ou agora jogar no Dragão já é derrota pela certa? sim, pelos vistos essa é a mentalidade. Na final da Liga Europa, o Benfica jogou bem e teve um final injusto, mas na taça de Portugal a equipa entrou sem garra e teve a derrota como castigo. No fim assistimos atitudes lamentáveis, tanto para com o adversário, como para o presidente da república e pior que tudo isto a falta de respeito de Cardozo para com Jesus.

Com tudo isto, parece-me que Jesus não tem condições para continuar no Benfica. O Benfica precisa de um treinador ganhador e que saiba o que são títulos. Jesus já deu muito o que tinha para dar ao Benfica e os Benfiquistas irão sempre recordar Jesus como um bom treinador, mas tudo tem um fim e o ciclo de Jesus parece-me já ter chegado ao fim.

Este texto foi redigido por Tiago Rodrigues, administrador do blog

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Roland Garros sem surpresas até agora

Sem grandes surpresas


Com poucas surpresas, ultrapassámos a ronda inicial de Roland Garros, que foi disputada ao longo destes três dias, devido às intempéries, e autenticas maratonas de cinco sets na vertente masculina. Como tinha previsto o quadro de Federer era fácil, Fez dois jogos de curta duração, o que lhe permite salvaguardar o físico para os jogos a partir dos quartos de final pois aos 31 anos não apresenta a mesma frescura de Djokovic e Nadal os principais candidatos ao título. 

Por falar em Nadal e Djokovic, estes suaram para ultrapassar Daniel Brands e David Goffin respectivamente. Daniel Brands, claramente um jogador de relva, tanto pelos resultados feitos até hoje como pelo seu estilo de jogo, foi sempre um incomodo para o Maiorquino, obrigando a jogar muito do lado esquerdo do court durante os primeiros dois set. Nadal perdeu agressividade e não conseguiu disferir muitas inside out ou forehands, a sua pancada de eleição. Por outro lado Novak Djokovic teve três sets muito equilibrados contra Goffin, o pequeno belga. que tem potencia e colocação de bola mas nos momentos decisivos, Djokovic mostrou porque é o número um e resolveu sempre a seu favor. 

A surpresa foi Berdych, eliminado na 1ª ronda por Monfils, mas não considero isto uma derrota penosa, porque foi em cinco sets e Monfils, considerado o homem elástico do tennis, já foi top dez e para alem disso ganhou três dos quatro Grand Slams em juniores. Em seniores ainda não atingiu esse nível mas pode lá chegar, tem físico e ténis para isso.




Na vertente feminina ai já houve mais surpresas com 9 das 32 cabeças de series a serem eliminadas. É normal isto acontecer, pois a maioria dos torneios principais femininos são jogados em piso duro, logo quando mudam para terra batida aparecem as especialistas muito abaixo no ranking por consequência de um menor número de pontos conquistados e que depois acabam por eliminar cabeças de serie com maior facilidade. Como dizia a Amelie Mauresmo a uns anos atrás será extremamente difícil uma francesa de topo ganhar Roland Garros, pois as mesmas crescem a jogar em hard court, jogam os principais torneios enquanto seniores neste mesmo piso, acabam por não ganhar algumas características de jogo necessárias no pó de tijolo, como o extremo top spin e o escorregar que permite preparar a pancada mais cedo e chegar a bola a tempo. Pode ser que agora numa posição relevante no ténis francês Mauresmo consiga mudar algo no ténis.

Este artigo foi redigido por David Bento, colaborador do blog

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Memphis ainda sobrevive?

Memphis ainda sobrevive?


Hoje joga-se o jogo quatro da final de conferencia. Uma final desnivelada em que os Spurs estão a fazer uma demonstração de classe ao longo destes jogos. Os Memphis, apesar de ter uma equipa de qualidade, estão acusar a pressão de jogar uma final. Virar uma vantagem de 0-3 para 4-3 é um cenário muito pouco provável na NBA, mas hoje a equipa de Memphis tem uma questão de honra a defender, para não sair vergado a um 4-0.

San Antonio Spurs

Chefiados por um grande líder chamado Gregg Popovich, os Spurs estão com pé e meio na final da NBA seis anos depois. Na última temporada ficaram-se por esta etapa, as finais de conferência, tendo sido derrotados pelos Oklahoma City Thunder. Este ano, estão fortíssimos e depois de ter relaxado na parte final da época regular e perdido o primeiro lugar de conferência estão a realizar uma fase de play-off a roçar a perfeição. Bateram na primeira ronda os Los Angeles Lakers por 4-0, nas meias-finais afastaram os jovens dos Golden State Warriors por 4-2 (depois de ter passado por algumas dificuldades, souberam aproveitar a sua maior experiência e uma quebra do ritmo de jogo do adversário) e nestas finais estão a ganhar por 3-0 aos Memphis Grizzlies. No jogo 1, ganharam 105-83 e não permitiram qualquer veleidade ao adversário. Depois, ganharam 93-89 em prolongamento, fazendo o 2-0. No sábado, ganharam após prolongamento também por 104-93 em Memphis, faltando agora apenas carimbar oficialmente a presença na final. Hoje acredito que joguem mais relaxados em virtude da situação em que se encontram. Contudo, podem lutar pelo 4-0 e por ter bastante mais descanso para a grande final contra Miami ou Indiana (a série vai em 2-1 para os Heat).


Memphis Grizzlies

O técnico Lionel Hollins, tal como o seu homólogo, também tem feito um excelente trabalho esta época e tem construído em torno do colectivo uma formação extremamente complicada de bater, independentemente de estarem a perder por 3-0 na série com os Spurs. Têm um jogo interior fortíssimo e, sem jogadores da dimensão das maiores estrelas da liga, conseguem ter profundidade suficiente para ir rodando jogadores sem perder assim tanto como isso durante os jogos. Muito às custas desse mérito e dessa postura, a equipa dos Grizzlies eliminou nos quartos-de-final e nas meias-finais duas equipas que pessoalmente considerava enormes potenciais finalistas da liga: Los Angeles Clippers (4-2) e Oklahoma City Thunder (4-1). É certo que contra Oklahoma beneficiaram da lesão contraída por Westbrook contra os Rockets, mas nem assim deixam de ter mérito na qualificação, até porque é conquistada com um 4-1 e a única derrota acontece por dois pontos de diferença. Hoje, a perder 3-0, têm a plena consciência de que o apuramento para a final é um cenário muito longe de credível, mas tenho a certeza que lutarão até final por uma vitória que seja, ainda para mais diante dos seus adeptos.


Já fiz, no fundo, uma análise do que penso ao dar as referências mais generalistas sobre as duas equipas. Os Spurs jogam este jogo plenamente descansados e com a consciência de que só um terramoto afastaria a equipa da grande final da NBA. Precisariam de perder quatro jogos contra uma equipa a quem ganharam em três ocasiões bem recentemente e nesse cenário ainda teriam mais dois jogos no seu pavilhão para tentar evitar que tal acontece. Tendo isto em conta, parece-me praticamente impossível Memphis ainda ir a tempo de chegar à final e tem a plena consciência disso. A equipa tem vindo a sobreviver nestes play-offs com todo o mérito, perde dois dos três jogos com os Spurs com prolongamentos fraquíssimos do ponto de vista ofensivo (o que representa que no tempo regulamentar o equilíbrio foi nota dominante, pois os mesmos terminaram empatados) e hoje acredito que dêem tudo por tudo para evitarem a eliminação com um sweep. Os Spurs poderão entrar relaxados e o facto de perderem hoje representará descansar bem mais do que Indiana ou Miami para a final. E isso não traz só coisas boas, pois representa igualmente a perda do ritmo competitivo. Também por isso acredito que não joguem com o mesmo afinco e a mesma concentração, podendo isso também beneficiar logicamente a equipa dos Grizzlies, que só por si tem logicamente condições de bater estes Spurs, passando isto muito por boas exibições de Mike Conley, Zach Randolph e Marc Gasol. Perante o público de Memphis, que nunca deixou a equipa só e logo os norte-americanos que nisto são exímios, acredito nuns Grizzlies extremamente empenhados a defender e à procura de lançamentos mais efectivos no ataque, o que perante todo o cenário que descrevi até aqui poderá fazer com que façam o 3-1 e procurem o 3-2 no Texas.

Este artigo foi redigido por Hugo Cruz, colaborador do blog

A liga milionária em análise

Mudança de Supremacia


Nesta edição da Liga dos Campeões, assistimos à afirmação da nova potência do futebol europeu, pois na minha opinião o Bayern é neste momento a equipa mais forte a nível Europeu e isso ficou provado pela forma como vulgarizou a equipa do Barcelona e a forma como foi passeando por esta competição, até acabar por conquista-la.

Esta foi uma edição em que mais uma vez, existiram boas surpresas e por outro lado, algumas equipas a desiludir. Começando pela fase de grupos, desde logo se percebeu que o Dortmund seria uma equipa a ter em conta. Uma equipa com um excelente plantel e com um treinador acima da média, com uma postura que dá gosto apreciar. Além de toda a qualidade de futebol que o Dortmund apresentou, uma equipa que termina em 1º lugar a fase de grupos, num grupo constituído por Real, Ajax e City, é sempre uma equipa a temer. Por falar em City, esta equipa de Manchester foi talvez a maior desilusão da fase de grupos. Sim, era um grupo extremamente complicado, mas não se percebe como uma equipa como o City termina a fase de grupos com apenas 3 pontos (3 empates). Surpresa também ao ver o Campeão da época passada ficar pelo caminho logo na primeira fase da competição, mesmo lutando até ao fim, as exibições paupérrimas do Chelsea levaram a equipa londrina até à Liga Europa... e que bem que lhes fez.


Nos Oitavos de Final da competição, venceram as suas rondas todas as equipas que na minha opinião eram favoritas, à excepção de uma... o Málaga. A verdade é que a equipa espanhola acabou por eliminar o Porto, com mérito, e carimbar a passagem para os Quartos de Final. As principais referências da competição começavam a chegar-se à frente e todos começavam a perspectivar mais uma recta final da Champions cheia de emoção. E que emoção nos trouxe os Quartos Final. As eliminatórias entre o Paris SG-Barcelona e Malaga-Dortmund, vieram provar que o resultado só fica decidido quando o árbitro apita para o final do encontro. Os alemães e os espanhóis viram bem complicada as suas passagens às Meias, mas os campeões são assim, sofrem e acreditam até ao fim.

E nas Meias Finais, já quando todos esperavam e se entusiasmavam perante uma final entre os rivais espanhóis, as equipas alemãs impuseram o seu futebol e dominaram por completo as suas eliminatórias. O Dortmund que mesmo sofrendo no último jogo, conseguiu ser superior no conjunto
das duas mãos, voltou a mostrar a todos que as suas vitórias eram fruto da nova vaga do futebol alemão e do bom trabalho que se pode fazer. Na outra eliminatória, assistimos a um completo assalto por parte o Bayern. Não deu qualquer hipótese à equipa catalã e fez com que todos os amantes do futebol fizessem uma vénia ao poderio desta equipa.


A final da Liga dos Campeões foi o que se esperava: um jogaço. No final, Heynckes  sai campeão da Europa de clubes pela segunda vez na sua carreira. E deve ter orgulho neste trabalho. Para o Bayern, a vitória chegou com um ano de atraso e para o Dortmund foi um morrer na praia, embora olhando para o mar, só podem estar empolgados com o futuro e satisfeitos com o trabalho que realizaram na competição.

Nota ainda para Cristiano Ronaldo, que foi o melhor marcador da competição e acabou com o reinado de Messi, que vencia o prémio a 4 épocas consecutivas. No ar fica a pergunta : Conseguirá o Bayern manter esta supremacia na próxima época ? Teste de fogo para Pepe Guardiola e muito peso nos seus ombros.

Este artigo foi redigido por João Pinho, colaborador do blog

domingo, 26 de maio de 2013

Todo o rescaldo da vitória Vimaranense

Artur alimentou grande Vitória

Jogadores do Vitória de Guimarães celebram a vitória (LUSA)

Chegou ao fim a época futebolística em Portugal, com o Guimarães a ser coroado com o trono depois de uma vitória histórica para o clube e para a cidade. Uma vitória de uma equipa que apesar de todos os problemas que enfrentou esta época, nunca virou a cara à luta e teve a recompensa com a conquista da taça de Portugal. O Benfica tinha este jogo para tentar salvar uma época que tinha tudo para ser de sonho e acabou como uma época que irá ficar marcada como uma das mais frustrantes da história do clube, depois de chegar a quase todas as finais (apenas a taça da liga foi perdida nas meias finais contra o Braga) e não ter conquistado nenhuma.

Neste jogo o Guimarães apresentou-se com a sua equipa habitual e controlou o ímpeto encarnado nos primeiros minutos. O Benfica não conseguia impor a velocidade de jogo que tanto habitou os adeptos ao longo da época. O Benfica teve uma grande oportunidade, com um cabeceamento de Garay que proporcionou uma grande intervenção de Douglas. Mas a melhor oportunidade foi dos Vitorianos, que num contra-ataque tiveram muito próximos de inaugurar o marcador não fosse alguma ingenuidade de Addy. Como quem não marca sofre, o Benfica no minuto seguinte abre o marcador por Gaitan, numa jogada de muita felicidade para o jogador encarnado. Chegamos ao intervalo com o Benfica na frente do marcador.

Final da Taça de Portugal Benfica vs Vitória de Guimarães (LUSA)

Na segunda parte, o Benfica controlava o jogo e o Guimarães parecia ser uma equipa sem ideias para conseguir contrariar o favoritismo do Benfica. Jesus mexeu na equipa ao tirar Cardozo e meter Urreta. Aos 78 minutos o Guimarães empata a partida, aproveitando um erro infantil de Artur, que coloca a bola num jogador Vitoriano, que isola Soudani e este na cara de Artur não perdoa e restabelece a igualdade. O Benfica parecia estar atordoado com o golo sofrido e volvidos dois minutos, Ricardo com um remate traiçoeiro bate Artur e coloca os Vimaranenses na frente do marcador. Uma autentica loucura para os fieis adeptos Vimaranenses que se deslocaram ao Jamor. Até ao fim o Benfica tentou de tudo para levar o jogo para prolongamento mas já não havia força física nem psicológica para virar o resultado.

De destacar pela negativa, a exibição de Artur. O guarda redes encarnado já provou em várias ocasiões ser um guarda redes de grande qualidade, mas o que é certo é que o Benfica acaba de perder esta taça muito por culpa do Brasileiro. Já no campeonato Nacional, Artur teve um monumental frango no empate contra o Estoril, já para não falar do erro que teve no empate com o F.C.Porto na luz, onde entregou a bola de bandeja a Jackson. É um guarde redes de qualidade na minha opinião, mas o seu jogo de pés está longe de ser perfeito. No Guimarães era injusto destacar um jogador, pois o mérito vai todo para uma equipa que faz do colectivo o seu ponto forte.

O Guimarães por tudo o que passou ao longo da época, teve a sua recompensa com a conquista da taça de Portugal. A equipa de hoje, espelha a época Vimaranense, uma equipa que nunca virou a cara à luta e que lutou contra todas as adversidades. Um prémio justo para este plantel e acima de todo para os seus adeptos que já mereciam uma conquista destas. Do lado dos encarnados, acaba por ser um jogo para esquecer. A equipa está abatida psicologicamente e não teve argumentos para responder às infelicidades de Artur. É óbvio que acaba por ser uma época negativa para os encarnados, pois o futebol faz-se de títulos mas é justo dizer que o plantel de Jesus não merecia um final de época tão drástico. 

Final da Taça de Portugal Benfica vs Vitória de Guimarães (LUSA)

P.S - No final de jogo, Cardozo teve um dos momentos mais infelizes da sua passagem por Portugal, ao desentender-se com Jorge Jesus. Um jogador com a sua experiência e com tantos anos de casa, teve uma atitude que certamente o irá reencaminhar para fora da Luz. Jorge Jesus na sala de imprensa fez o que um treinador deve fazer, ou seja, defender o jogador, mas nos próximos dias não acredito que Cardozo seja desculpado por este gesto infeliz. 

Este artigo foi redigido por Tiago Rodrigues, administrador do blog

Antevisão da final Taça de Portugal

À conquista do Jamor



Joga-se hoje a final da taça de Portugal, onde duas equipa realizaram épocas opostas na minha opinião. Enquanto o vitória fez um campeonato bastante agradável e surpreendente, o Benfica apesar de ter perto de ganhar o campeonato e a Liga Europa, não conquistou nenhum desses objectivos e a taça acaba por ser a tábua de salvação dos encarnados. O favoritismo está todo do lado encarnado como é lógico, porque é melhor equipa, tem melhores jogadores, que a qualquer momento podem resolver o jogo num ápice e também terá mais apoio nas bancadas do Jamor. A equipa como é sabido, levou recentemente dois socos no estômago, que foram as perdas do título nacional e ainda a Liga Europa. Ambas foram perdidas mesmo no final dos jogos, se por um lado podemos dizer que foi azar, por outro lado, ao acontecer isso duas vezes seguidas torna-se um pouco estranho e não poderá ser apenas azar. 

Com mais tranquilidade, mais posse de bola e talvez o Benfica tivesse terminado de outra forma. É nesse aspecto que me vou basear para a minha análise, a questão mental dos jogadores do Benfica. Não está em questão a valia da equipa que na maior parte do campeonato foi a melhor, aquela que praticou o melhor futebol e talvez até merecia ter sido campeã. Mas lá está, mais uma vez fraquejou quando não podia e como esta partida é uma final, estou curioso para ver até que ponto isso muda. 

Não digo que os jogadores encarnados não queiram vencer esta Taça, mas depois de tanta concentração, tanto empenhamento frente a dois adversários de imensa qualidade, é normal que neste jogo os jogadores pensem que a qualquer momento vão marcar e acabar por vencer o jogo. Mas do outro lado, vai estar um conjunto de jogadores que vão "querer" mais esta Taça e tudo farão para conseguir esse feito. Outro aspecto, é o prémio de jogo, não sei até que ponto os jogadores do Benfica irão receber alguma quantia em caso de triunfo, mas do outro lado é garantido que vai haver prémio em caso de triunfo.


Os últimos jogos do Vitória não foram muito bons, quer em termos de resultados, quer em termos exibicionais. A equipa estava claramente com a cabeça neste jogo, o objectivo estava conseguido e por isso houve um certo relaxe e até se compreende. A maior valia desta equipa, está na união que os jogadores têm dentro de campo, a equipa não produz um bom futebol, joga razoavelmente para o nível do nosso futebol, mas dão tudo dentro de campo e esta partida não será diferente. Esta final para os jogadores do Benfica em caso de vitória será quase como um mal menor, mas para os jogadores vimaranenses, será o auge das suas carreiras porque até agora nenhum venceu qualquer troféu, porque Alex quando estava no Benfica apesar de fazer parte do plantel não participou em nenhum jogo dessa competição. O Vitória, depois do Porto é a equipa que mais vezes venceu o Benfica de Jesus, foram exactamente três encontros e uma delas a contar para a Taça de Portugal no estádio da Luz.

São apenas duas curiosidades e valem pouco, mas não custa nada referir, que é o facto de tanto o Wigan como o Atlético de Madrid, que eram à partida os finalistas vencidos e acabaram por sair vitoriosos. As duas equipas estão na máxima força, esta época já se defrontaram duas vezes e o Benfica venceu ambas. Isso neste momento pouco interessa porque este jogo é diferente, tem características diferentes e surge numa altura em que os encarnados estão em clara quebra de rendimento, tal como se viu na última jornada frente ao Moreirense onde apenas conseguiu marcar os golos da vitória bem perto do final do jogo.


Como disse em cima, o Benfica é melhor, possui melhores jogadores, mas será que irão ter a mesma vontade e crença dos jogadores do Vitoria? Eu creio que não, porque apesar de ser uma final, a motivação vai estar do lado do Vitória e apesar de ser inferior, com união e espírito de sacrifício, as forças poderão equivaler-se em campo. Mais uma mera curiosidade, é a relva do Jamor que devido à pouca ou nenhuma utilização, torna a relva seca e dura tornando o jogo mais lento, prejudicando claramente o futebol dos encarnados. A Académica na temporada passada beneficiou desse aspecto e foi evidente como a relva "travava" a natural trajectória da bola.

Acima de tudo, que seja um grande espectáculo de futebol entre duas equipas que fizeram tudo para estar nesta final. Se o Vitória teve alguma sorte no trajecto até chegar à final, o Benfica foi impondo o seu futebol nesta competição e chegou ao Jamor sem grandes sobressaltos. Jorge Sousa, espero  sinceramente que faça uma boa arbitragem e que no fim não seja tema de conversa para desculpar um eventual fracasso de uma equipa.

Este artigo foi redigido por Pedro Ribeiro, colaborador do blog 

sábado, 25 de maio de 2013

Toda antevisão de Roland Garros

“En Garde” e que a batalha comece



Este Domingo, têm inicio a 45ª edição do torneio de Roland Garros na era open, que marca o início da profissionalização dos Slams. Antes de 1968, os Grand Slams eram apenas disputados por jogadores amadores. Na edição de 2013, contamos com a presença de três dos quatro jogadores do “top four” e 8 dos tops ten, isto devido as ausências, de Andy Murray jogador sem grandes chances nesta superfície e a ausência de um jogador importante na terra batida, que é o Juan Martin Del Potro. Dos jogadores presentes além dos habituais favoritos Djokovic, Nadal, Federer e Ferrer queria destacar os outsiders:

Ernest GulbisComo referi anteriormente, este jogador consegue executar todos os golpes com uma precisão e antecipação fora do comum. É um jogador muito perigoso para jogadores que gostam de estar no lado direito do court, devido à sua esquerda angulado que têm. Como pontos fracos destaco a direita pouco angulada e pela parte mental.


Grigor Dimitrov: O “baby Federer” em virtude da semelhança dos swings e a sua esquerda a uma mão, este Búlgaro é também detentor de um grande talento à semelhança do suíço, que com a sua idade ganhou o primeiro grande slam em Wimbledon no ano de 2003. Este ano, Dimitrov subiu claramente o nível e fez um gracinha em Madrid ao derrotar Novak Djokovic e ia chocando o Mundo quando esteve muito perto de derrotar em Monte Carlo, o Octacampeão do torneio Rafael Nadal. Como pontos fortes é a sua variedade de pancadas e alternância de ritmos ponto fracos é o jogo de pés.




Aleksandr Dolgopolov: Devo ser eu o único a considera-lo outsider, mas este jogador é possivelmente o melhor executante de ténis da actualidade a nível técnico. Ele consegue angular bolas como ninguém, possui um serviço poderosíssimo, bom slice, muito rápido no court, bom volley, bons amorties, ou seja, têm quase tudo, menos consistência de jogo e fraco mentalmente, se bem que isso trabalha-se, provavelmente mudando de técnico, pois é um jogador que aos sete anos batia bolas com o Andrei Medvedev sem falhar uma bola. Vamos esperar para ver o que nos reserva este Ucraniano.





Em relação aos favoritos sem dúvida que são Rafael Nadal ( que à partida é o grande favorito) mas pode jogar nas meias-finais contra o outro grande favorito, Novak Djokovic. Se Nadal joga melhor na terra batida que Djokovic? Sem dúvida, agora se vai ganhar a Djokovic na terra batida? Isso já não é assim tão fácil de o dizer. É que o jogo do sérvio incomoda e de que maneira o jogo do espanhol, com aquelas esquerdas anguladas e potentes que obrigam Nadal a jogar mais centralizado e que o obrigam a fugir ao backhand e bater de Forehand uma das características do seu jogo, que permite controlar o ponto em qualquer parte do terreno. Mas Nadal é Nadal e em Paris é sinonimo de vitoria onde só Soderling contrariou o espanhol em 2009.

Em relação às dificuldades, o quadro mais difícil é o de Djokovic e o mais fácil é o de Federer, que pode ganhar de forma tranquila durante as primeiras quatro rondas. Djokovic têm Dimitrov, Tomic e Dolgopolov na sua parte do quadro e ao que tudo indica vai suar um bocado antes das meias finais. Nadal têm o carrasco de Wimbledon, Lukas Rosol que pode defrontar na 3ª ronda. Ainda poderá encontrar Fognini e Paire,que fez semi finais em Roma perdendo com Federer. Nada de ameaçador para espanhol que provavelmente irá até as semi sem perder sets. Ferrer tem um quadro com jogadores de terra batida medianos e com Raonic que pode roubar um set mas dificilmente ganhará o jogo. Os courts estão prontos os jogadores também por isso En garde e que a batalha comece.

Este artigo foi redigido por David Bento, colaborador do blog e especialista em ténis.