quinta-feira, 30 de maio de 2013

Jorge Jesus fica ou não? A minha resposta neste artigo

Jesus sim ou não?


Quando tudo parecia ser um casamento perfeito, as ultimas semanas encarnadas puseram em risco o copo de água. Luís Filipe Vieira ao que tudo indica está pressionado para não renovar com Jorge Jesus, mesmo depois de em Amesterdão, este ter afirmado que Jesus era o seu treinador. É verdade que o Benfica esta ano não ganhou nada. Muitos dizem que foi azar, mas como se diz, à primeira todos caem, à segunda só cai quem quer e quem cai à terceira é burro. 

Todos nós nas nossas vidas atingimos o limite das nossas capacidades. Jorge Jesus parece-me que já atingiu a dele no Benfica. Não quero com isto dizer que Jorge Jesus é mau treinador, longe de mim, mas já não é o treinador indicado para o Benfica. O treinador encarnado devolveu a mística, a onda vermelha parece ter voltado, o Benfica é respeitado na Europa e tem uma mentalidade mais vencedora daquela que tinha antes de Jesus, mas afinal o que lhe falta? pois faltam títulos e o futebol vive-se disso mesmo.

Jorge Jesus falha sempre nos momentos decisivos. Se voltar-mos uns anos atrás e lembrar-nos do ano em que o Benfica foi campeão Nacional com Jorge Jesus, apenas foi campeão na ultima jornada, pois na visita ao Dragão na penúltima jornada, onde um empate bastava para ser campeão a equipa voltou a vacilar. Agora não tenho duvidas, em afirmar que nesse ano o Benfica teve alguma "sorte" de ser o Braga o segundo classificado. Se fosse o Porto a liga tinha o mesmo término? a duvida fica no ar. O segundo ano de Jesus no Benfica foi desastroso. Na taça de Portugal, mesmo depois de terem ganho no Dragão por 2-0 a equipa na luz levou a reviravolta. As culpas dessa época foram para Roberto. No ano passado a liga perdeu-se a liga por culpa própria, pois o Benfica tinha cinco pontos para gerir. Salvou-se uma boa presença na liga dos campeões onde só caiu nos quartos de final perante o Chelsea ( que ganhou a edição da Champions esse ano) e a conquista da taça da liga.


Este ano, tinha tudo para ser o ano do Benfica. A melhor época do Benfica dos últimos trinta anos estava a chegar, mas mais uma vez a equipa vacila nos jogos importantes. Muitos dizem que o titulo foi perdido em casa contra o Estoril, mas não, o titulo foi perdido no Dragão ou agora jogar no Dragão já é derrota pela certa? sim, pelos vistos essa é a mentalidade. Na final da Liga Europa, o Benfica jogou bem e teve um final injusto, mas na taça de Portugal a equipa entrou sem garra e teve a derrota como castigo. No fim assistimos atitudes lamentáveis, tanto para com o adversário, como para o presidente da república e pior que tudo isto a falta de respeito de Cardozo para com Jesus.

Com tudo isto, parece-me que Jesus não tem condições para continuar no Benfica. O Benfica precisa de um treinador ganhador e que saiba o que são títulos. Jesus já deu muito o que tinha para dar ao Benfica e os Benfiquistas irão sempre recordar Jesus como um bom treinador, mas tudo tem um fim e o ciclo de Jesus parece-me já ter chegado ao fim.

Este texto foi redigido por Tiago Rodrigues, administrador do blog

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Roland Garros sem surpresas até agora

Sem grandes surpresas


Com poucas surpresas, ultrapassámos a ronda inicial de Roland Garros, que foi disputada ao longo destes três dias, devido às intempéries, e autenticas maratonas de cinco sets na vertente masculina. Como tinha previsto o quadro de Federer era fácil, Fez dois jogos de curta duração, o que lhe permite salvaguardar o físico para os jogos a partir dos quartos de final pois aos 31 anos não apresenta a mesma frescura de Djokovic e Nadal os principais candidatos ao título. 

Por falar em Nadal e Djokovic, estes suaram para ultrapassar Daniel Brands e David Goffin respectivamente. Daniel Brands, claramente um jogador de relva, tanto pelos resultados feitos até hoje como pelo seu estilo de jogo, foi sempre um incomodo para o Maiorquino, obrigando a jogar muito do lado esquerdo do court durante os primeiros dois set. Nadal perdeu agressividade e não conseguiu disferir muitas inside out ou forehands, a sua pancada de eleição. Por outro lado Novak Djokovic teve três sets muito equilibrados contra Goffin, o pequeno belga. que tem potencia e colocação de bola mas nos momentos decisivos, Djokovic mostrou porque é o número um e resolveu sempre a seu favor. 

A surpresa foi Berdych, eliminado na 1ª ronda por Monfils, mas não considero isto uma derrota penosa, porque foi em cinco sets e Monfils, considerado o homem elástico do tennis, já foi top dez e para alem disso ganhou três dos quatro Grand Slams em juniores. Em seniores ainda não atingiu esse nível mas pode lá chegar, tem físico e ténis para isso.




Na vertente feminina ai já houve mais surpresas com 9 das 32 cabeças de series a serem eliminadas. É normal isto acontecer, pois a maioria dos torneios principais femininos são jogados em piso duro, logo quando mudam para terra batida aparecem as especialistas muito abaixo no ranking por consequência de um menor número de pontos conquistados e que depois acabam por eliminar cabeças de serie com maior facilidade. Como dizia a Amelie Mauresmo a uns anos atrás será extremamente difícil uma francesa de topo ganhar Roland Garros, pois as mesmas crescem a jogar em hard court, jogam os principais torneios enquanto seniores neste mesmo piso, acabam por não ganhar algumas características de jogo necessárias no pó de tijolo, como o extremo top spin e o escorregar que permite preparar a pancada mais cedo e chegar a bola a tempo. Pode ser que agora numa posição relevante no ténis francês Mauresmo consiga mudar algo no ténis.

Este artigo foi redigido por David Bento, colaborador do blog

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Memphis ainda sobrevive?

Memphis ainda sobrevive?


Hoje joga-se o jogo quatro da final de conferencia. Uma final desnivelada em que os Spurs estão a fazer uma demonstração de classe ao longo destes jogos. Os Memphis, apesar de ter uma equipa de qualidade, estão acusar a pressão de jogar uma final. Virar uma vantagem de 0-3 para 4-3 é um cenário muito pouco provável na NBA, mas hoje a equipa de Memphis tem uma questão de honra a defender, para não sair vergado a um 4-0.

San Antonio Spurs

Chefiados por um grande líder chamado Gregg Popovich, os Spurs estão com pé e meio na final da NBA seis anos depois. Na última temporada ficaram-se por esta etapa, as finais de conferência, tendo sido derrotados pelos Oklahoma City Thunder. Este ano, estão fortíssimos e depois de ter relaxado na parte final da época regular e perdido o primeiro lugar de conferência estão a realizar uma fase de play-off a roçar a perfeição. Bateram na primeira ronda os Los Angeles Lakers por 4-0, nas meias-finais afastaram os jovens dos Golden State Warriors por 4-2 (depois de ter passado por algumas dificuldades, souberam aproveitar a sua maior experiência e uma quebra do ritmo de jogo do adversário) e nestas finais estão a ganhar por 3-0 aos Memphis Grizzlies. No jogo 1, ganharam 105-83 e não permitiram qualquer veleidade ao adversário. Depois, ganharam 93-89 em prolongamento, fazendo o 2-0. No sábado, ganharam após prolongamento também por 104-93 em Memphis, faltando agora apenas carimbar oficialmente a presença na final. Hoje acredito que joguem mais relaxados em virtude da situação em que se encontram. Contudo, podem lutar pelo 4-0 e por ter bastante mais descanso para a grande final contra Miami ou Indiana (a série vai em 2-1 para os Heat).


Memphis Grizzlies

O técnico Lionel Hollins, tal como o seu homólogo, também tem feito um excelente trabalho esta época e tem construído em torno do colectivo uma formação extremamente complicada de bater, independentemente de estarem a perder por 3-0 na série com os Spurs. Têm um jogo interior fortíssimo e, sem jogadores da dimensão das maiores estrelas da liga, conseguem ter profundidade suficiente para ir rodando jogadores sem perder assim tanto como isso durante os jogos. Muito às custas desse mérito e dessa postura, a equipa dos Grizzlies eliminou nos quartos-de-final e nas meias-finais duas equipas que pessoalmente considerava enormes potenciais finalistas da liga: Los Angeles Clippers (4-2) e Oklahoma City Thunder (4-1). É certo que contra Oklahoma beneficiaram da lesão contraída por Westbrook contra os Rockets, mas nem assim deixam de ter mérito na qualificação, até porque é conquistada com um 4-1 e a única derrota acontece por dois pontos de diferença. Hoje, a perder 3-0, têm a plena consciência de que o apuramento para a final é um cenário muito longe de credível, mas tenho a certeza que lutarão até final por uma vitória que seja, ainda para mais diante dos seus adeptos.


Já fiz, no fundo, uma análise do que penso ao dar as referências mais generalistas sobre as duas equipas. Os Spurs jogam este jogo plenamente descansados e com a consciência de que só um terramoto afastaria a equipa da grande final da NBA. Precisariam de perder quatro jogos contra uma equipa a quem ganharam em três ocasiões bem recentemente e nesse cenário ainda teriam mais dois jogos no seu pavilhão para tentar evitar que tal acontece. Tendo isto em conta, parece-me praticamente impossível Memphis ainda ir a tempo de chegar à final e tem a plena consciência disso. A equipa tem vindo a sobreviver nestes play-offs com todo o mérito, perde dois dos três jogos com os Spurs com prolongamentos fraquíssimos do ponto de vista ofensivo (o que representa que no tempo regulamentar o equilíbrio foi nota dominante, pois os mesmos terminaram empatados) e hoje acredito que dêem tudo por tudo para evitarem a eliminação com um sweep. Os Spurs poderão entrar relaxados e o facto de perderem hoje representará descansar bem mais do que Indiana ou Miami para a final. E isso não traz só coisas boas, pois representa igualmente a perda do ritmo competitivo. Também por isso acredito que não joguem com o mesmo afinco e a mesma concentração, podendo isso também beneficiar logicamente a equipa dos Grizzlies, que só por si tem logicamente condições de bater estes Spurs, passando isto muito por boas exibições de Mike Conley, Zach Randolph e Marc Gasol. Perante o público de Memphis, que nunca deixou a equipa só e logo os norte-americanos que nisto são exímios, acredito nuns Grizzlies extremamente empenhados a defender e à procura de lançamentos mais efectivos no ataque, o que perante todo o cenário que descrevi até aqui poderá fazer com que façam o 3-1 e procurem o 3-2 no Texas.

Este artigo foi redigido por Hugo Cruz, colaborador do blog

A liga milionária em análise

Mudança de Supremacia


Nesta edição da Liga dos Campeões, assistimos à afirmação da nova potência do futebol europeu, pois na minha opinião o Bayern é neste momento a equipa mais forte a nível Europeu e isso ficou provado pela forma como vulgarizou a equipa do Barcelona e a forma como foi passeando por esta competição, até acabar por conquista-la.

Esta foi uma edição em que mais uma vez, existiram boas surpresas e por outro lado, algumas equipas a desiludir. Começando pela fase de grupos, desde logo se percebeu que o Dortmund seria uma equipa a ter em conta. Uma equipa com um excelente plantel e com um treinador acima da média, com uma postura que dá gosto apreciar. Além de toda a qualidade de futebol que o Dortmund apresentou, uma equipa que termina em 1º lugar a fase de grupos, num grupo constituído por Real, Ajax e City, é sempre uma equipa a temer. Por falar em City, esta equipa de Manchester foi talvez a maior desilusão da fase de grupos. Sim, era um grupo extremamente complicado, mas não se percebe como uma equipa como o City termina a fase de grupos com apenas 3 pontos (3 empates). Surpresa também ao ver o Campeão da época passada ficar pelo caminho logo na primeira fase da competição, mesmo lutando até ao fim, as exibições paupérrimas do Chelsea levaram a equipa londrina até à Liga Europa... e que bem que lhes fez.


Nos Oitavos de Final da competição, venceram as suas rondas todas as equipas que na minha opinião eram favoritas, à excepção de uma... o Málaga. A verdade é que a equipa espanhola acabou por eliminar o Porto, com mérito, e carimbar a passagem para os Quartos de Final. As principais referências da competição começavam a chegar-se à frente e todos começavam a perspectivar mais uma recta final da Champions cheia de emoção. E que emoção nos trouxe os Quartos Final. As eliminatórias entre o Paris SG-Barcelona e Malaga-Dortmund, vieram provar que o resultado só fica decidido quando o árbitro apita para o final do encontro. Os alemães e os espanhóis viram bem complicada as suas passagens às Meias, mas os campeões são assim, sofrem e acreditam até ao fim.

E nas Meias Finais, já quando todos esperavam e se entusiasmavam perante uma final entre os rivais espanhóis, as equipas alemãs impuseram o seu futebol e dominaram por completo as suas eliminatórias. O Dortmund que mesmo sofrendo no último jogo, conseguiu ser superior no conjunto
das duas mãos, voltou a mostrar a todos que as suas vitórias eram fruto da nova vaga do futebol alemão e do bom trabalho que se pode fazer. Na outra eliminatória, assistimos a um completo assalto por parte o Bayern. Não deu qualquer hipótese à equipa catalã e fez com que todos os amantes do futebol fizessem uma vénia ao poderio desta equipa.


A final da Liga dos Campeões foi o que se esperava: um jogaço. No final, Heynckes  sai campeão da Europa de clubes pela segunda vez na sua carreira. E deve ter orgulho neste trabalho. Para o Bayern, a vitória chegou com um ano de atraso e para o Dortmund foi um morrer na praia, embora olhando para o mar, só podem estar empolgados com o futuro e satisfeitos com o trabalho que realizaram na competição.

Nota ainda para Cristiano Ronaldo, que foi o melhor marcador da competição e acabou com o reinado de Messi, que vencia o prémio a 4 épocas consecutivas. No ar fica a pergunta : Conseguirá o Bayern manter esta supremacia na próxima época ? Teste de fogo para Pepe Guardiola e muito peso nos seus ombros.

Este artigo foi redigido por João Pinho, colaborador do blog

domingo, 26 de maio de 2013

Todo o rescaldo da vitória Vimaranense

Artur alimentou grande Vitória

Jogadores do Vitória de Guimarães celebram a vitória (LUSA)

Chegou ao fim a época futebolística em Portugal, com o Guimarães a ser coroado com o trono depois de uma vitória histórica para o clube e para a cidade. Uma vitória de uma equipa que apesar de todos os problemas que enfrentou esta época, nunca virou a cara à luta e teve a recompensa com a conquista da taça de Portugal. O Benfica tinha este jogo para tentar salvar uma época que tinha tudo para ser de sonho e acabou como uma época que irá ficar marcada como uma das mais frustrantes da história do clube, depois de chegar a quase todas as finais (apenas a taça da liga foi perdida nas meias finais contra o Braga) e não ter conquistado nenhuma.

Neste jogo o Guimarães apresentou-se com a sua equipa habitual e controlou o ímpeto encarnado nos primeiros minutos. O Benfica não conseguia impor a velocidade de jogo que tanto habitou os adeptos ao longo da época. O Benfica teve uma grande oportunidade, com um cabeceamento de Garay que proporcionou uma grande intervenção de Douglas. Mas a melhor oportunidade foi dos Vitorianos, que num contra-ataque tiveram muito próximos de inaugurar o marcador não fosse alguma ingenuidade de Addy. Como quem não marca sofre, o Benfica no minuto seguinte abre o marcador por Gaitan, numa jogada de muita felicidade para o jogador encarnado. Chegamos ao intervalo com o Benfica na frente do marcador.

Final da Taça de Portugal Benfica vs Vitória de Guimarães (LUSA)

Na segunda parte, o Benfica controlava o jogo e o Guimarães parecia ser uma equipa sem ideias para conseguir contrariar o favoritismo do Benfica. Jesus mexeu na equipa ao tirar Cardozo e meter Urreta. Aos 78 minutos o Guimarães empata a partida, aproveitando um erro infantil de Artur, que coloca a bola num jogador Vitoriano, que isola Soudani e este na cara de Artur não perdoa e restabelece a igualdade. O Benfica parecia estar atordoado com o golo sofrido e volvidos dois minutos, Ricardo com um remate traiçoeiro bate Artur e coloca os Vimaranenses na frente do marcador. Uma autentica loucura para os fieis adeptos Vimaranenses que se deslocaram ao Jamor. Até ao fim o Benfica tentou de tudo para levar o jogo para prolongamento mas já não havia força física nem psicológica para virar o resultado.

De destacar pela negativa, a exibição de Artur. O guarda redes encarnado já provou em várias ocasiões ser um guarda redes de grande qualidade, mas o que é certo é que o Benfica acaba de perder esta taça muito por culpa do Brasileiro. Já no campeonato Nacional, Artur teve um monumental frango no empate contra o Estoril, já para não falar do erro que teve no empate com o F.C.Porto na luz, onde entregou a bola de bandeja a Jackson. É um guarde redes de qualidade na minha opinião, mas o seu jogo de pés está longe de ser perfeito. No Guimarães era injusto destacar um jogador, pois o mérito vai todo para uma equipa que faz do colectivo o seu ponto forte.

O Guimarães por tudo o que passou ao longo da época, teve a sua recompensa com a conquista da taça de Portugal. A equipa de hoje, espelha a época Vimaranense, uma equipa que nunca virou a cara à luta e que lutou contra todas as adversidades. Um prémio justo para este plantel e acima de todo para os seus adeptos que já mereciam uma conquista destas. Do lado dos encarnados, acaba por ser um jogo para esquecer. A equipa está abatida psicologicamente e não teve argumentos para responder às infelicidades de Artur. É óbvio que acaba por ser uma época negativa para os encarnados, pois o futebol faz-se de títulos mas é justo dizer que o plantel de Jesus não merecia um final de época tão drástico. 

Final da Taça de Portugal Benfica vs Vitória de Guimarães (LUSA)

P.S - No final de jogo, Cardozo teve um dos momentos mais infelizes da sua passagem por Portugal, ao desentender-se com Jorge Jesus. Um jogador com a sua experiência e com tantos anos de casa, teve uma atitude que certamente o irá reencaminhar para fora da Luz. Jorge Jesus na sala de imprensa fez o que um treinador deve fazer, ou seja, defender o jogador, mas nos próximos dias não acredito que Cardozo seja desculpado por este gesto infeliz. 

Este artigo foi redigido por Tiago Rodrigues, administrador do blog

Antevisão da final Taça de Portugal

À conquista do Jamor



Joga-se hoje a final da taça de Portugal, onde duas equipa realizaram épocas opostas na minha opinião. Enquanto o vitória fez um campeonato bastante agradável e surpreendente, o Benfica apesar de ter perto de ganhar o campeonato e a Liga Europa, não conquistou nenhum desses objectivos e a taça acaba por ser a tábua de salvação dos encarnados. O favoritismo está todo do lado encarnado como é lógico, porque é melhor equipa, tem melhores jogadores, que a qualquer momento podem resolver o jogo num ápice e também terá mais apoio nas bancadas do Jamor. A equipa como é sabido, levou recentemente dois socos no estômago, que foram as perdas do título nacional e ainda a Liga Europa. Ambas foram perdidas mesmo no final dos jogos, se por um lado podemos dizer que foi azar, por outro lado, ao acontecer isso duas vezes seguidas torna-se um pouco estranho e não poderá ser apenas azar. 

Com mais tranquilidade, mais posse de bola e talvez o Benfica tivesse terminado de outra forma. É nesse aspecto que me vou basear para a minha análise, a questão mental dos jogadores do Benfica. Não está em questão a valia da equipa que na maior parte do campeonato foi a melhor, aquela que praticou o melhor futebol e talvez até merecia ter sido campeã. Mas lá está, mais uma vez fraquejou quando não podia e como esta partida é uma final, estou curioso para ver até que ponto isso muda. 

Não digo que os jogadores encarnados não queiram vencer esta Taça, mas depois de tanta concentração, tanto empenhamento frente a dois adversários de imensa qualidade, é normal que neste jogo os jogadores pensem que a qualquer momento vão marcar e acabar por vencer o jogo. Mas do outro lado, vai estar um conjunto de jogadores que vão "querer" mais esta Taça e tudo farão para conseguir esse feito. Outro aspecto, é o prémio de jogo, não sei até que ponto os jogadores do Benfica irão receber alguma quantia em caso de triunfo, mas do outro lado é garantido que vai haver prémio em caso de triunfo.


Os últimos jogos do Vitória não foram muito bons, quer em termos de resultados, quer em termos exibicionais. A equipa estava claramente com a cabeça neste jogo, o objectivo estava conseguido e por isso houve um certo relaxe e até se compreende. A maior valia desta equipa, está na união que os jogadores têm dentro de campo, a equipa não produz um bom futebol, joga razoavelmente para o nível do nosso futebol, mas dão tudo dentro de campo e esta partida não será diferente. Esta final para os jogadores do Benfica em caso de vitória será quase como um mal menor, mas para os jogadores vimaranenses, será o auge das suas carreiras porque até agora nenhum venceu qualquer troféu, porque Alex quando estava no Benfica apesar de fazer parte do plantel não participou em nenhum jogo dessa competição. O Vitória, depois do Porto é a equipa que mais vezes venceu o Benfica de Jesus, foram exactamente três encontros e uma delas a contar para a Taça de Portugal no estádio da Luz.

São apenas duas curiosidades e valem pouco, mas não custa nada referir, que é o facto de tanto o Wigan como o Atlético de Madrid, que eram à partida os finalistas vencidos e acabaram por sair vitoriosos. As duas equipas estão na máxima força, esta época já se defrontaram duas vezes e o Benfica venceu ambas. Isso neste momento pouco interessa porque este jogo é diferente, tem características diferentes e surge numa altura em que os encarnados estão em clara quebra de rendimento, tal como se viu na última jornada frente ao Moreirense onde apenas conseguiu marcar os golos da vitória bem perto do final do jogo.


Como disse em cima, o Benfica é melhor, possui melhores jogadores, mas será que irão ter a mesma vontade e crença dos jogadores do Vitoria? Eu creio que não, porque apesar de ser uma final, a motivação vai estar do lado do Vitória e apesar de ser inferior, com união e espírito de sacrifício, as forças poderão equivaler-se em campo. Mais uma mera curiosidade, é a relva do Jamor que devido à pouca ou nenhuma utilização, torna a relva seca e dura tornando o jogo mais lento, prejudicando claramente o futebol dos encarnados. A Académica na temporada passada beneficiou desse aspecto e foi evidente como a relva "travava" a natural trajectória da bola.

Acima de tudo, que seja um grande espectáculo de futebol entre duas equipas que fizeram tudo para estar nesta final. Se o Vitória teve alguma sorte no trajecto até chegar à final, o Benfica foi impondo o seu futebol nesta competição e chegou ao Jamor sem grandes sobressaltos. Jorge Sousa, espero  sinceramente que faça uma boa arbitragem e que no fim não seja tema de conversa para desculpar um eventual fracasso de uma equipa.

Este artigo foi redigido por Pedro Ribeiro, colaborador do blog 

sábado, 25 de maio de 2013

Toda antevisão de Roland Garros

“En Garde” e que a batalha comece



Este Domingo, têm inicio a 45ª edição do torneio de Roland Garros na era open, que marca o início da profissionalização dos Slams. Antes de 1968, os Grand Slams eram apenas disputados por jogadores amadores. Na edição de 2013, contamos com a presença de três dos quatro jogadores do “top four” e 8 dos tops ten, isto devido as ausências, de Andy Murray jogador sem grandes chances nesta superfície e a ausência de um jogador importante na terra batida, que é o Juan Martin Del Potro. Dos jogadores presentes além dos habituais favoritos Djokovic, Nadal, Federer e Ferrer queria destacar os outsiders:

Ernest GulbisComo referi anteriormente, este jogador consegue executar todos os golpes com uma precisão e antecipação fora do comum. É um jogador muito perigoso para jogadores que gostam de estar no lado direito do court, devido à sua esquerda angulado que têm. Como pontos fracos destaco a direita pouco angulada e pela parte mental.


Grigor Dimitrov: O “baby Federer” em virtude da semelhança dos swings e a sua esquerda a uma mão, este Búlgaro é também detentor de um grande talento à semelhança do suíço, que com a sua idade ganhou o primeiro grande slam em Wimbledon no ano de 2003. Este ano, Dimitrov subiu claramente o nível e fez um gracinha em Madrid ao derrotar Novak Djokovic e ia chocando o Mundo quando esteve muito perto de derrotar em Monte Carlo, o Octacampeão do torneio Rafael Nadal. Como pontos fortes é a sua variedade de pancadas e alternância de ritmos ponto fracos é o jogo de pés.




Aleksandr Dolgopolov: Devo ser eu o único a considera-lo outsider, mas este jogador é possivelmente o melhor executante de ténis da actualidade a nível técnico. Ele consegue angular bolas como ninguém, possui um serviço poderosíssimo, bom slice, muito rápido no court, bom volley, bons amorties, ou seja, têm quase tudo, menos consistência de jogo e fraco mentalmente, se bem que isso trabalha-se, provavelmente mudando de técnico, pois é um jogador que aos sete anos batia bolas com o Andrei Medvedev sem falhar uma bola. Vamos esperar para ver o que nos reserva este Ucraniano.





Em relação aos favoritos sem dúvida que são Rafael Nadal ( que à partida é o grande favorito) mas pode jogar nas meias-finais contra o outro grande favorito, Novak Djokovic. Se Nadal joga melhor na terra batida que Djokovic? Sem dúvida, agora se vai ganhar a Djokovic na terra batida? Isso já não é assim tão fácil de o dizer. É que o jogo do sérvio incomoda e de que maneira o jogo do espanhol, com aquelas esquerdas anguladas e potentes que obrigam Nadal a jogar mais centralizado e que o obrigam a fugir ao backhand e bater de Forehand uma das características do seu jogo, que permite controlar o ponto em qualquer parte do terreno. Mas Nadal é Nadal e em Paris é sinonimo de vitoria onde só Soderling contrariou o espanhol em 2009.

Em relação às dificuldades, o quadro mais difícil é o de Djokovic e o mais fácil é o de Federer, que pode ganhar de forma tranquila durante as primeiras quatro rondas. Djokovic têm Dimitrov, Tomic e Dolgopolov na sua parte do quadro e ao que tudo indica vai suar um bocado antes das meias finais. Nadal têm o carrasco de Wimbledon, Lukas Rosol que pode defrontar na 3ª ronda. Ainda poderá encontrar Fognini e Paire,que fez semi finais em Roma perdendo com Federer. Nada de ameaçador para espanhol que provavelmente irá até as semi sem perder sets. Ferrer tem um quadro com jogadores de terra batida medianos e com Raonic que pode roubar um set mas dificilmente ganhará o jogo. Os courts estão prontos os jogadores também por isso En garde e que a batalha comece.

Este artigo foi redigido por David Bento, colaborador do blog e especialista em ténis.

Quem levará a melhor?

Final Alemã



Será uma final entre dois "velhos conhecidos", visto que lutam época após época pelos mesmos troféus no seu país. Nos últimos anos quem levou a melhor foi o bi-campeão Borússia de Klopp, um técnico que transformou esta equipa num verdadeiro carrossel de bom futebol. Pode-se dizer que é o adversário ideal para tentar vencer este Bayern que nesta altura é a melhor equipa Europeia. Mesmo assim e conhecendo perfeitamente o seu opositor, Klopp esta temporada já defrontou por quatro ocasiões os bávaros e não venceu nenhuma delas, tendo perdido duas e empatou as restantes a uma bola. Quando digo que o Borússia é a melhor equipa para defrontar o Bayern, estou claro a pensar na capacidade física da equipa, porque esta final com o Barça ou o Real a defrontar o Bayern, creio que os bávaros teriam ainda mais facilidade em vencer. 

Este Dortmund além da capacidade física que possui, tem um estilo de jogo que não agrada ao Bayern, os "amarelos" têm na frente de ataque uma dinâmica ofensiva impressionante e com isso tornam-se mais imprevisíveis. Esse aspecto verificou-se nas meias-finais frente ao Real Madrid, tendo sido claramente superiores na primeira mão. Na segunda mão tudo mudou, Gotze saiu muito cedo do jogo, a sua ausência notou-se claramente em campo, a equipa ficou sem o habitual poder de fogo no ataque e depois a defesa tremeu bastante na parte final da partida, tal como já aconteceu ao longo da temporada. 

Neste jogo Klopp não vai poder contar com Gotze que se encontra lesionado e será uma enorme baixa na equipa. Poderá dizer-se que é quase como Messi no Barcelona, sem tanta dependência mas ainda assim é o principal desequilibrador da equipa.. Sem Gotze, o meio-campo será mais defensivo na teoria, Gundogan vai jogar mais adiantado e para o seu lugar irá entrar Sahin ou Kehl. Num aspecto o Dortmund ganha com isto, que é coesão defensiva e combatividade no centro do terreno para tentar combater o a dupla formada por Schweinsteiger e Javi Martinez, jogando Muller mais adiantado.

Onze provável do Dortmund:


O Bayern com esta dupla à frente da sua defesa torna-se numa equipa com uma capacidade em ter a bola incrível e fica mais organizada em termos defensivos. Ao terem ido buscar Martinez ao Bilbao foi com um pensamento de tentar "imitar" o Barça, fazendo Martinez de Busquets.

Nas meias-finais esmagou o Barcelona com uns claros 7-0 no conjunto das duas mãos, se por um lado marcou sete golos ao Barça, no entanto o mais espantoso nisto tudo, foi o facto de não ter sofrido nenhum golo o que vem ao encontro daquilo que já referi. Na última jornada da Bundesliga entrou a "dormir" no jogo, quando se apercebeu que a partida já tinha começado, perdia já por 2-0 aos cinco minutos. Nesse encontro o onze que alinhou de início foi aquele que amanhã vai jogar em Wembley, mas com outra concentração na partida como é óbvio. Badstuber e Kroos são as únicas baixas para esta final.

Já o Borússia na última jornada da Bundesliga aconteceu uma coisa parecida, mas num período do jogo diferente, o Dortmund "adormeceu" no jogo, esteve em vantagem desde cedo, podia ter vencido por 3/4-0 e nos últimos 10 minutos sofreu uma remontada incrível. Novamente ficaram evidentes as dificuldades que a equipa tem quando não tem a bola em seu poder, porque a defesa está longe de ser brilhante, apesar da dupla de centrais ser boa.. As duas equipas conhecem-se muito bem, irão entrar com algum receio uma da outra, mesmo o Bayern ao ter dito que Gotze irá fazer falta ao Borússia, demonstra claramente que está com receio do seu adversário.

Onze provável do Bayern Munique

 

O Dortmund poderá vencer este Bayern? Num dia inspirado creio que sim. No entanto acho que os de Munique são os favoritos nesta partida. Mas olhando para o poder ofensivo de ambas as formações, acredito que consigam as duas marcar nesta final, onde curiosamente esta temporada o resultado que aconteceu mais vezes entre elas, foi o empate a uma bola. Caso o Bayern se coloque na frente do marcador, o Borússia vai ter que ir em busca de algo e com isso será severamente penalizado, tal como foi o Barcelona nas meias-finais. Na época passada o Dortmund venceu na final da Taça da Alemanha o Bayern por 5-2 e não ficava nada surpreendido se o resultado fosse o mesmo, mas desta vez a favor dos bávaros.

Este artigo foi redigido por Pedro Ribeiro, colaborador do blog

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Moutinho e James Mónaco. O dinheiro faz (quase) tudo no futebol

O dinheiro não é tudo mas...



Dizem que na vida o dinheiro não é tudo. Não, no futebol não é bem assim. Equipas como o Chelsea, Manchester city, Psg e mais recentemente o Zenit, passaram a ser equipas de reconhecimento Mundial, graças aos milhões investidos naqueles clubes.

Vamos começar a falar do Chelsea, que até há entrada do Milionário Russo era uma equipa de meio da tabela do campeonato Inglês e já não conquistava o titulo há 49 anos, tendo sido campeão na segundo ano de Abramovich ao comando, já com Mourinho no comando da Equipa.

O russo entrou a matar, gastando 182 milhões de euros em reforços na primeira época em Londres, e mais 147 milhões na segunda, aquela que assinalou a entrada de José Mourinho em Stamford Bridge. Com o treinador português, os "blues" ganharam dois campeonatos ingleses, em 2005 e 2006, mas na Champions, já sem Mourinho, chegaram à final em 2008, perdida no desempate por penaltis para o Manchester United e conquistaram com Di Matteo na época de 2011/2012 em Munique contra a equipa Local. O maior sonho de Abramovich estava concretizado. Este ano conquistaram a Liga Europa, vencendo o Benfica na final por 2-1.

Desde 2003, chegaram à equipa inglesa diversos jogadores, entre os quais os portugueses Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Bosingwa, Tiago, Hilário e Deco (os três primeiros contratados ao F. C. Porto, por um total de 70 milhões de euros), que custaram 614 milhões ao russo. Se a este número juntarmos o dinheiro que foi gasto com os treinadores (Claudio Ranieri, José Mourinho, Avram Grant, Luiz Felipe Scolari, Guus Hiddink e Carlo Ancelotti, André Villas Boas), chegamos aos 700 milhões já citados. Nos últimos ano, em função da crise económica internacional, Roman Abramovich fechou um pouco a torneira dos milhões, até porque quase nada faltava ao plantel do Chelsea


O Manchester city parecia uma equipa sem rumo e destinada e nunca ser uma equipa de topo, até que,  em 2008, após sua compra pelo Abu Dhabi United Group, do sheik Mansour bin Zayed bin Sultan Al Nahyane, e pelos altos investimentos em contratações nas últimas temporadas o Manchester city conseguiu  a conquista do campeonato na época transacta e este ano parece ser a unica equipa capaz de fazer frente ao fortíssimo Manchester United.

Já passaram pelo City nomes de altíssimo nível, como Robinho, Elano, Adebayor, Bellamy e Roque Santa Cruz, Balotelli além dos atuais Carlos Tevez, Sergio Agüero, Nasri, Barry, David Silva, Javi Garcia e Dzeko, entre outros. O Manchester City investiu cerca de 473 milhões de euros nas últimas temporadas.

No entanto há algo que falta a esta equipa Milionária, pois as suas prestações na Europa e mais designadamente na Liga dos campeões, roçam o "ridículo". No ano passado ficaram em terceiro lugar do seu grupo, tendo sido relegados para a Liga Europa, onde foram afastados pelo Sporting nos oitavos de final, já este ano ainda fez pior, ficando no ultimo lugar do seu grupo. Muito pouco para a qualidade da equipa.




Para além  destas duas equipas há entras em que o dinheiro "abunda" e procuram num futuro próximo a conquista de troféus. Falando mais propriamente do Psg que este ano foi campeão do campeonato Francês e fez uma campanha positiva na Liga dos Campeões, onde caiu de pé diante o Barcelona. Na Russia, Zenit e Anzhi são os mais recentes milionários.

O novo milionário vêm de França e é o Mónaco. Hoje oficializou as contratações de James e Moutinho. 70 milhões gasto nestes dois jogadores, mas não vai ficar por aqui, pois se o Mónaco quer competir com clubes de topo não acredito que apenas Moutinho e James façam a diferença.


Por cá, e como já foi dito num artigo anterior, era disto que o Sporting precisava, mas será que existe alguém nesse Mundo fora que queira investir no clube de Alvalade??

Este artigo foi redigido por Tiago Rodrigues, administrador do blog

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O brilhante futuro de Golden State

O brilhante futuro de Golden State


Quando os Golden State Warriors meteram Monta Ellis no mercado, toda a gente começou a imaginar que tipo de trocas seriam feitas e Bogut não era propriamente a escolha que os adeptos tinham em mente, mas os passos que estavam a ser dados eram certeiros. Com um extremo-poste que é um trabalhador incansável como David Lee e com a nova aquisição para o jogo interior, os Golden State Warriors estavam a construir a sua casa pelos alicerces, ou seja pelo jogo interior. 

Depois do jogo interior estar estabelecido, a preocupação passava sobretudo com as questões físicas do Curry, que apesar de ser um jogador talentoso as suas questões físicas punham em causa o seu rendimento enquanto jogador franchising. Os Golden State Warriors começavam a ganhar forma e as duas escolhas na primeira ronda de Drafts consecutivos, de certo que iam acrescentar valor à equipa. Mas poucos estavam perto de imaginar o seu contributo.

Os jogadores escolhidos no Draft foram Harison Barnes (numero 7 no draft de 2012 vindo de UNC) e Clay Thompson (numero 11 no draft de 2011 vindo de WSC), um jogador Slashing e um atirador do 3 pts e a partir daqui o cinco titular estava escolhido. Juntaram-se alguns bons role players como Carl Landry ou Jarret Jack e poucos conseguiam imaginar o sucesso que esta equipa ia ter.


Com o Curry a jogar a um nível e com uma regularidade nunca antes vista, os Golden State embarcaram numa época de sonho em que o rookie e o Sophomore conseguiram acompanhar o ritmo tornando-se por vezes eles o motor da equipa. A época terminou com uma ida aos playoffs quase cinco anos depois, sendo que conseguiram passar a primeira ronda contra os Denver Nuggetts numa série de playoffs cheia de highlights e pontos. Muito do sucesso desta equipa deve-se de o facto do treinador ser um ex jogador da NBA, que era primeiro base, um verdadeiro general dentro de campo, Mark Jackson conseguiu de facto passar muito da sua experiência à equipa.

O futuro dos Golden State parece ser brilhante, a equipa é jovem e bem treinada, tendo um estilo de jogo muito apetecível, com muita velocidade. A equipa em breve irá para um mercado mais interessante, passando de Oakland para San Francisco o que poderá atrair mais e melhores jogadores.

Este artigo foi redigido por Rúben Vanravan, colaborador do blog

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Indiana procuram travar os campeões

Indiana tenta travar o campeão


Hoje joga-se o primeiro jogo da final de conferencia desta série. Atrevo-me a dizer que Miami finalmente vai ter um adversário à sua altura depois de ter feito dois autênticos passeios até esta final. Os Indiana é uma equipa surpresa nesta liga onde tem o seu ponte forte na defesa.


Indiana Pacers

Têm feito um trabalho excepcional ao longo dos últimos anos e estão a ser recompensados por isso, destacando-se de longe como uma das melhores equipas da liga a nível defensivo. Conseguiram terminar a época regular na posse do terceiro melhor registo da Conferência Este e, depois disso, já bateram nos playoffs Atlanta Hawks (4-2) e New York Knicks (4-2). Esta última série das semi-finais contra a equipa de Carmelo Anthony terminou no último sábado, depois de os Knicks terem reduzido a desvantagem para 3-2 na quinta-feira anterior. Com a oportunidade de fechar a série perante o seu público, onde têm sido fortíssimos neste playoff, os Pacers não vacilaram e ganharam aos Knicks por 106-99, naquele que foi o jogo da série onde marcaram mais pontos.

Para se poderem bater de igual para igual com Miami, o que nunca será fácil, Indiana terá de ter Roy Hibbert e David West ao mais alto nível no jogo interior e continuar a ter em Paul George e George Hill soluções inspiradas para o tiro exterior e para os desequilíbrios no um-para-um, o que não será nada fácil tendo em conta a oposição que terão pela frente.

Para este primeiro jogo das finais, os Pacers não poderão contar com Danny Granger (de fora há meses), têm Jeff Pendergraph listado como questionável e David West como provável.


Miami Heat

Estes têm, até agora, mostrado que têm boas hipóteses de revalidar o título conquistado na última época. É certo que Dwyane Wade não tem estado ao seu nível e de quando em vez os Heat adormecem nos jogos mas já provaram que com toda a gente bem acordada são um conjunto extremamente difícil de ultrapassar. Terminaram a época regular na liderança do Este e, até agora, eliminaram com grande categoria Milwaukee Bucks (4-0) e Chicago Bulls (4-1) destes playoffs. Contra a equipa de Chicago, a única derrota até aconteceu no primeiro jogo, mas desde então limparam autenticamente os Bulls e não mais se colocaram em risco para a eliminatória. Essa foi, aliás, a única derrota caseira do último mês e meio.

Para o jogo de hoje, Miami conta com a vantagem moral de nos últimos 9 jogos caseiros contra os Pacers só terem perdido em 1. No jogo jogado, parece-me que Lebron James continuará a espalhar magia, tendo desta feita uma defesa mais difícil de furar pela frente. Contudo, as declarações de Frank Vogel que disseram que "os Heat são apenas a próxima equipa a defrontar" podem muito bem servir de motivação-extra ao astro e ao resto de toda a equipa da Florida.

Não são esperadas quaisquer baixas para este jogo 1, com Dwyane Wade a ter condições físicas para ir a jogo.


Antes de mais, considero importante notar e realçar que os Heat não jogam há precisamente uma semana, tendo por isso sete dias de descanso e de preparação deste jogo, o que levou por certo o técnico Spoelstra a procurar evitar mais um desaire a abrir a série, tal como aconteceu contra os Chicago Bulls. Já os Pacers também não estarão, à partida, mal fisicamente, mas jogaram pela última ocasião no passado sábado e terão pela frente uma equipa mais fresca, der por onde der.

Indiana é um dos colectivos mais difíceis que os Heat poderiam apanhar nesta fase, é verdade, mas mesmo assim não me parece, de todo, capaz de parar a equipa de Miami, tendo em conta o largo domínio que detêm, na minha opinião, em relação às restantes equipas da sua conferência. Juntando esta vantagem ao factor casa parecem-me as condições reunidas para uma boa vitória caseira. Em seis jogos disputados longe de Indianapolis neste playoff, os Pacers perderam quatro de forma clara e ganharam dois. Na época regular, ganharam aos Heat nas duas ocasiões em que jogaram perante o seu público (77-87 e 89-102), mas perderam em Miami (105-91).

Acredito esta noite que Chris Bosh, Udonis Haslem e Chris Andersen consigam anular a vantagem teórica na luta interior com Roy Hibbert e David West, principalmente nas alturas de maior aperto ou maior ameaça. No jogo exterior, os Pacers têm períodos em que "bloqueiam" autenticamente e não conseguem simplesmente fazer pontos e, se tal tornar a acontecer (é preciso lembrar que os Heat quando querem forçam imensos turnovers, violações de relógio e lançamentos muito difíceis), não me parece que consigam parar os Heat só no capítulo defensivo do seu jogo.

Este artigo foi redigido por Hugo Cruz, colaborador do blog

O desastre Leonino em análise

Desastrosa



O Sporting Clube de Portugal, um clube centenário atravessa o período mais negro da sua história. Culpados? Há muitos... O clube nestes últimos anos teve direcções que claramente levaram o clube para o abismo. Jogadores de Milhões e que realmente não valem tostões foi a politica encontrada por alguns Pseudo-dirigentes do clube para levar a equipa de volta as vitórias.

Desde a era Paulo Bento, em que muitos diziam que se fazia omeletes sem ovos, o Sporting nunca mais voltou a ser o mesmo. Em quatro anos de Paulo Bento, o Sporting, ficou sempre em segundo lugar (em duas épocas esteve a discutir o titulo até à ultima ou ultimas jornadas) ganhou duas taças de Portugal, duas Supertaças, conseguiu ir dois anos consecutivos há fase de grupos da Liga dos campeões e alcançar duas finais da Taça da liga sendo que uma perdida para o Vitória de Setúbal e a outra para o Benfica numa arbitragem muito contestada. 

Mas foi apenas isto que Paulo Bento fez?? Não, não foi... Paulo Bento lançou jogadores como Rui Patrício, Daniel Carriço, Miguel Veloso, Nani etc e sabia defender o clube como poucos ou ninguém.

E Depois de Paulo Bento??


A saída de Paulo Bento do Sporting deu oportunidade a muitos treinadores sem o nível exigente pretendido tomar as rédeas do clube verde e Branco. Primeiro seguiu-se Carlos Carvalhal, que fazendo uma breve e rigorosa análise do seu trajecto de Alvalade ainda conseguiu fazer um trabalho medíocre com uma Liga Europa razoável, caindo aos pés do Atlético de Madrid ( Apesar de não ter perdido qualquer jogo) e um resto de campeonato onde a equipa por momentos mostrou um futebol alegre a atractivo lembrando-me dos 3-0 em casa frente ao Futebol Clube do Porto.

Depois da saída de Carlos Carvalhal todos os Sportinguistas ansiavam um treinador que leva-se o clube ao sucesso e é apresentado como novo treinador do Sporting................ Paulo Sérgio!!!!!! Um treinador que na época transata nem atingiu os objectivos no Vitória de Guimarães era o Novo técnico do Clube. Foi nesta época que começaram a vir para o Sporting jogadores de nome como era o caso de Zapater, Maniche e um tal de Pongolle que custou aos cofres nada mais nada menos que seis milhões de euros. Paulo Sérgio abandonou o clube na vigésima jornada, tendo ai José Couceiro que era o manager do clube na altura assumindo funções levando o clube ao terceiro posto.

A salvação afinal estava em Godinho Lopes...


Com eleições no Sporting e com cinco candidatos ( mas parecia a eleição para o governo) Godinho Lopes levou a melhor. Tinha como principais trunfos Luís Duque, Carlos Freitas e Domingos Paciência. Ao inicio parecia que o Sporting estava a voltar, os adeptos estavam com a equipa, a entrada de 19 jogadores no plantes fez crescer a expectativa dos adeptos até que começou o campeonato e tudo voltou ao normal. Mesmo assim, a equipa teve uma boa sequência de vitórias que levou os adeptos a voltar acreditar para mais tarde vir a crise e a saída de Domingos ( até hoje difícil de entender). Surgiu Sá Pinto, adorado pela massa associativa do Sporting, fez o clube voltar a sonhar com uma conquista da liga Europa e parecia que a mística estava de volta até que no Jamor parece que tudo isto acabou e o Sporting voltou a ser uma equipa depressiva. 


A pior época da história do Clube!!!

No inicio da epoca de 2012/2013, o Sporting apresentou jogadores de renome internacional ( Pranjic, boulahrouz, Gelson Fernandes e labyad) juntando-se a Capel, Jeffren entre outros jogadores que não tem a qualidade suficiente para vingar num clube com a grandeza do Sporting Clube de Portugal. 

A demissão de Sá Pinto foi natural, com ele saíram Luís Duque e Carlos Freitas. A partir daí Godinho Lopes tomou conta do futebol Leonino e o "circo" foi ainda maior levando o Sporting à pior época da sua história.

Sá Pinto acaba por ser o grande culpado da péssima época Leonina a meu ver. A pré-época dos leões foi mal planeada e vasta ver os jogos de preparação e as equipas escolhidas. Depois no campeonato algumas opções que deixaram muito a desejar e vou destacar apenas duas que acho de verdadeiras aberrações: Ter Pranjic a defesa esquerdo em vez de Ínsua e Gelson Fernandes em vez de Rinaudo são opções que chegaram a roçar o ridículo.



Ao péssimo campeonato, juntou-se a eliminação precoce da taça de Portugal aos pés do Moreirense, sob o comando de Vercauteren foi eliminado ainda na fase de grupos de Liga Europa, perante um grupo de quarta divisão Europeia e a Taça da liga voltou a ser um descalabro.

O melhor do Sporting veio para o fim, com o professor Jesualdo Ferreira a tomar conta da equipa e a lançar novas promessas. O Sporting, voltou finalmente a ter uma equipa competitiva e capaz de se bater com qualquer adversário. A Liga Europa não foi alcançada, mas fica a ideia que se Jesualdo viesse uns jogos mais cedo a resultado seria outro sem duvida.

Já com Bruno Carvalho ao leme, Jesualdo abandonou o cargo, pois querias mais poderes no futebol leonino. Comparar Jesualdo com Inácio, é como comparar água com vinho na minha opinião, mas Inácio foi um trunfo eleitoral, no entanto parece-me que já foi dado o primeiro tiro no pé de Bruno de Carvalho.

Este artigo foi redigido por Tiago Rodrigues, administrador do blog

terça-feira, 21 de maio de 2013

Qual o futuro dos Thunder?

Qual o futuro para OKC?


Quando os Oklahoma City Thunder foram eliminados na segunda ronda dos playoffs da NBA pelos Memphis Grizzlies muitos são aqueles que dizem que os Miami Heat não vão ter grande dificuldade do lado Oeste pelo título. Será que a lesão do Westbrook fragilizou assim tanto a equipa dos OKC que passaram de candidatos ao título a equipa mediana (segundo os padrões dos playoffs)? Ou não seriam estes OKC verdadeiramente candidatos ao título? Será esta equipa assim tão boa?

Na realidade eu não acho que os OKC sejam assim tão boa equipa e não seriam grande oposição aos Miami Heat (assumindo que eles irão à final). Muitos dos que estão a ler este artigo já me estão a chamar de louco, mas então vamos la dissecar esta equipa de OKC.


Estilo “run n gun” – Toda a gente sabe que Miami gosta de um ritmo elevado, saindo para o ataque em grande velocidade, mas seria OKC capaz de acompanhar esse estilo? Durante alguns períodos do jogo sim, mas não o jogo inteiro! Estão a ver o Perkins a correr a acompanhar o Chris Bosh ou o Anderson?

“Westbrick” – O Russel Westbrook é um jogador fantástico do ponto de vista atlético mas é mais um jogador que por saber da sua habilidade atlética trabalhou pouco os Skills e o seu Q.I. de jogo. Na época regular faz grandes jogos e os seus erros não tem grandes repercussões mas nos playoffs a história é outra! Enquanto primeiro base o Westbrook devia ser o cérebro da equipa, devia ser o general em campo, devia saber analisar a sua equipa e aumentar ou diminuir o ritmo de jogo consoante aquilo que a sua equipa precisa. Mas não muitas vezes assistimos a um Westbrook numa correria louca e desenfreada em que os seus turnovers são muito mais prejudiciais à equipa que os benefícios dos seus pontos marcados, sendo que muitas vezes esses pontos são forçados, baixando em claro a eficácia da equipa.

“Durant-dependencia” – O Kevin Durant é uma verdadeira máquina de marcar pontos, mas tal como o Westbrook o Durant é outro jogador que pouco evoluiu alguns dos seus Skills pois ele confia demasiado na sua capacidade atlética. Sim é verdade que nesta nova ERA da NBA, os adversários do Durant , na sua posição claro, ou são mais baixos quando são da mesma altura são mais lentos e menos ágeis, criando assim mis-matchups o ano todo, todos os dias. Mas nos Playoffs as coisas são diferentes , as defesas estudam o teu jogo ofensivo e reajustam de jogo para jogo, sendo que o Durant é cada vez mais condicionado pela defesa adversária, sendo que começa a tardar um go to move ou um post play no jogo do Durant. No inicio deste ano ele começou a treinar o post play, e pensa-se que ele pode evoluir nesse campo, mas tal como alguns especialistas dizem esse tipo de evoluções deviam ter sido feitas à muito mais tempo.



Jogo interior – O jogo interior de OKC é no mínimo ridículo, o número de ressaltos concedidos na sua tabela defensiva, os points in the paint permitidos são simplesmente inaceitáveis para uma equipa que diz que quer ganhar tudo. O Perkins era respeitado em Boston pelo seu caracter defensivo, mas o que resultou em Boston era o esforço e a estratégia de toda uma equipa, em OKC o Perkins parece andar perdido. Já o Ibaka sendo um jogador atleticamente espantoso tem do ponto de vista ofensivo aumentar o seu arsenal de armas. O seu lançamento tem de ser mais regular e talvez se acrescentasse um lançamento de 3pt como fez Chris Bosh iria ajudar muito a equipa, pois iria puxar os defensores interiores para o perímetro abrindo assim espaço para as penetrações do Westbrook e do Durant. 

Banco – Se é verdade que OKC tem um dos jogadores micro-ondas mais famosos da Liga Kevin Martin, também é verdade que o resto do banco é bastante medíocre, e que numa equipa que quer lutar pelo titulo é preciso ter vários role players que possam ajudar a equipa enquanto as suas estrelas descansam.

Então qual a solução para esta equipa dos OKC? Bem se eu fosse General Manager tentaria assinar alguns bons role players através das exceções existentes ao salary cap para melhorar o banco e trocava o Westbrook , pois é um jogador que tem mercado e provavelmente este conseguiria um relativo bom primeiro base, mais organizador de jogo, que brilhasse menos e facilitasse mais o trabalho da equipa e do Durant, e muito provavelmente apenas essa mudança ira alterar a filosofia da equipa e dar-lhe-ia mais consistência e assim sim seriam verdadeiros candidatos a ganhar.

Este artigo foi redigido por Rúben Vanravan, colaborador do blog

A época do campeão em análise

O Eclipse do Porto



Este é o campeonato de uma equipa que lutou sempre, nunca desistiu e limitou-se a esperar que o mais directo rival escorrega-se. Resultado ? Mais uma vez, esta época assistimos a um eclipse e o Porto repete a façanha da época passada ao ultrapassar o Benfica na recta final do campeonato, quando estes já se preparavam para receber as faixas. É a imagem que vamos ter deste campeonato, um Porto que soube aproveitar o erro do Benfica.

Este é mais um campeonato vencido por uma grande estrutura, com todas as ferramentas necessárias para ter uma equipa vencedora, desde a equipa técnica até aos jogadores que compõe o plantel e só há que dar mérito a uma equipa que bate recordes e consegue chegar ao fim do campeonato sem uma única derrota.

Independentemente da qualidade do futebol praticado entre as duas equipas, a verdade é que o Porto viu-se nesta situação de correr atrás do adversário devido aos... penaltis. Jogando bem ou mal, os dragões desperdiçaram muito da marca de grande penalidade e desperdiçou nesses jogos, pontos importantes na corrida pelo título. Momentos que levaram a massa associativa a ter palavras menos carinhosas para com os seus jogadores.


A juntar a isto, aquela turbulenta e pouco explicável eliminação da Champions, que fez soar os alarmes do Dragão. Apesar disto, Vítor Pereira tem todo o mérito na forma como soube gerir a situação, repôs os níveis de concentração e anímicos nos seus jogadores e devolver a confiança
à equipa. Na verdade, acho que não se podia pedir muitos mais qualidade de futebol a esta equipa. Após a saída do seu principal goleador e estrela, Hulk, encontrou em Jackson uma máquina de facturar golos. Soube encontrar a sua linha defensiva, que concedeu pouquíssimos golos aos adversários e depois teve em Moutinho o principal motor da equipa. Para um plantel com tão poucas soluções no banco, o Porto jogou aquilo que lhe competia, somando pontos.

É completamente descabido ouvir falar em treinador incompetente, no caso de Vítor Pereira, um treinador que consegue chegar ao fim de dois campeonatos com apenas uma derrota em Barcelos por 3-1, estamos a falar de registo impressionante. Europa ? É um assunto delicado no caso de Vítor Pereira, não consegue levar longe este Porto a nível Europeu e isso certamente preocupa adeptos e direcção, será talvez, o grande Handicap de Vítor Pereira.


Nunca há vencedores antecipados e o nosso campeonato mais uma vez o demonstrou, dando o 
Porto uma grande lição de como aguentar e acreditar até ao fim.

Este artigo foi redigido por João Pinho, colaborador do blog

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Nadal imperador de Roma

Nadal imperador de Roma



Roma a capital do maior império de todos os tempos, parece ter reeleito o seu imperador: Nadal. Pela sétima vez consecutiva o espanhol conquistou o open de Itália, chegando ao seu 24º Masters da sua carreira sendo o recordista neste tipo de eventos. Analisando o torneio, para mim Nadal não era o principal favorito mas sim Novak Djokovic, mas o sérvio tem revelado uma certa inconsistência na terra batida este ano, onde tirando monte Carlo, foi bafejado pela sorte nas primeiras rondas, não tem conseguido impôr o seu jogo no pó de tijolo. Mas Nadal como sempre, mostrou a sua consistência habitual e uma enorme inteligência quando se viu em dificuldades, principalmente contra Ernest Gulbis, um jogador que possui todo o tipo de golpes e uma força mental capaz de o fazer jogar bem mesmo nos pontos importantes.

Nadal jogou menos bem contra Gulbis, jogou melhorzinho contra Ferrer, que possui consistência mas não velocidade de bola para causar danos e esteve muito bem contra Berdych, que vinha moralizado depois da vitória sobre Djokovic, mas Nadal, simplesmente não deu chances ao Checo. Do lado oposto do quadro estava Federer, que começou muito bem contra Starace, jogador típico de terra batida que dá ritmo ao jogo mas não incomoda e o suíço cilindrou o adversário numa hora com um 6-1 6-2. Na terceira ronda defronta, Gil Simon que foi derrotado com o mesmo resultado e pela mesma facilidade. Depois enfrentou um jogador que é uma promessa, que possui um serviço poderoso e um bom toque de bola, estamos a falar de Jerzy Janowicz. Federer ganhou em dois sets muitos justos e nas meias-finais enfrentou a surpresa do torneio Benoit Paire um jogador que possui um ténis extremamente agressivo e que vai continuar a subir no ranking. O suíço ganhou a Paire mas com algumas dificuldades. 


Chegámos à final, a mais desejada por todos os adeptos devido aos cavalheiros que entram no court, mas cada vez mais, é uma final desnivelada. O Roger Federer possui todos os golpes e executa-os de maneira magnífica a par de Nadal. Federer tem um grande serviço, um grande volley, um slice venenoso, um excelente jogo de pés e uma antecipação que parece que joga de olhos fechados. Já o Espanhol, possui um bom backhand, um excelente slice, um serviço mediano, um bom volley e um jogo de pés excelente.

Em armas estamos equilibrados ou até me arrisco a dizer que o Suiço tem mais. No entanto existe um grande problema que é o seguinte: a melhor pancada do Nadal vai parar à pior do Federer.  O Forehand cruzado do Nadal é uma bola que leva em média 3200 rotações por minuto. A bola cai depressa e sobe muito depois de bater no chão e o suíço com a sua esquerda a uma mão fica com muitas dificuldades e vai recuando muito para devolver uma bola curta onde Nadal normalmente faz o ponto. 

O Roger Federer em Roma tentou uma táctica diferente da usada em terra batida, onde foi extremamente agressivo fazendo muitas vezes serviço volley mas isso só resultou no primeiro jogo do primeiro set a partir daí o Touro e o seu jogo profundo começaram a tirar a confiança a Federer que perdeu nove games seguidos. 


A diferença de jogadores é assim tão grande? Infelizmente já é bastante grande. Djokovic está ao nível de Nadal, depois vem Murray, Berdych, Ferrer e Federer e se calhar a seguir vêm Del Potro. O Nadal não está a jogar verdadeiramente bem na minha opinião mas como o nível tenístico dele é tão alto nesta fase da carreira. que consegue ganhar mesmo não estando a jogar muito bem, já a Federer falta velocidade e frescura mental, o desgaste nota-se no suíço e isto não augura nada de bom para o resto da época.
Curiosidade: Nadal é o jogador com mais pontos ganhos em 2013 mesmo só jogando a partir de Fevereiro.

Este artigo foi redigido por David Bento, especialista de ténis e colaborador do blog

O Resumo da liga 2012/2013

O Tri de Vítor Pereira



As cortinas da liga Portuguesa de futebol fecharam-se e o F.C.Porto conquistou o Tricampeonato. Depois de um campeonato disputado palmo a palmo os azuis e brancos levaram a melhor. Para a ultima jornada os dragões a depender apenas de si não vacilaram e bateram os Castores por 2-0. O Benfica fez o seu trabalho e bateu o Moreirense por 3-1, uma vitória com sabor amargo pois mais uma vez o titulo nacional fugiu aos encarnados depois de o terem praticamente na mão.

Afinal de contas será Vítor Pereira assim tão mau? Este titulo teve muito cunho do treinador Portista, tanto tacticamente como psicologicamente, quando a dada altura "entregou" o titulo ao Benfica o que parece ter mexido e de que maneira na cabeça dos Encarnados. E Jorge Jesus? Apesar de o Benfica mostrar um futebol mais atractivo, o treinador encarnado chega ao fim do campeonato novamente no segundo lugar. A final da liga Europa perdida frente ao Chelsea (e convém lembrar que os encarnados fizeram uma carreira positiva na liga Europa pelo facto de terem fracassado num grupo acessível na Liga dos Campeões) acaba por ser um mal menor para a equipa encarnada. Jorge Jesus apelida a época do Benfica de brilhante, mas será ela assim tão brilhante? Eu acho que não, pois o Benfica tinha na minha opinião o melhor plantel da liga e tinha a obrigação de ser campeão. Afinal de contas um titulo em quatro anos é suficiente?


As desilusões

Este campeonato vai ficar marcado pela pior época do Sporting na sua longa história ao ficar arredado das competições Europeias com um sétimo lugar na liga. A equipa verde e branca teve uma época horrível tanto a nível interno como nas competições Europeias. É muito mau um grande estar arredado de quase todas as competições no mês de Novembro. Culpados? Há dois grandes na minha opinião: são eles Godinho Lopes que abandonou o cargo tarde demais depois de ter feito asneiras atrás de asneiras e também Sá Pinto por ter planeado pessimamente a má a época verde a branca. De realçar o trabalho feito do Professor Jesualdo que teve praticamente de fazer uma equipa nova e o Sporting melhorou e de que maneira. Outra equipa que desiludiu foi o Braga de José Peseiro. É verdade que conquistou a taça da liga e isso não pode ser esquecido, no entanto a equipa Bracarense esteve longe do Braga dos últimos anos. Salvador já anunciou mudanças tanto a nível técnico como de jogadores e é algo que este Braga precisa. Uma lufada de ar fresco é urgente para os lados do Minho. Outra equipa da qual esperava mais era a Académica, que tem um plantel de grande qualidade e na minha opinião os seus objectivos deveriam ser outros e não lutar pela permanência.


As agradáveis surpresas

Neste campeonato houve várias equipas que se destacaram pela positiva, mas há duas que irão certamente ficar para a história. O Paços fez a melhor época da sua história, alcançando o terceiro lugar e a entrada nos playoffs da Champions. O próximo ano será de mudança na equipa Pacense começando pelo treinador Paulo Fonseca, que ao que tudo indica está muito próximo de ser treinador do Braga. Outra boa surpresa é o Estoril de praia. Uma equipa que no ano passado jogava na segunda liga fez um campeonato fantástico a todos os níveis e muito provavelmente vai perder alguns jogadores como é o caso de Steven Vitória para o Benfica e Licá para o Braga. Outra equipa que tenho de destacar é o Vitória de Guimarães. Depois de uma profunda remodelação na equipa profissional Vimaranense e com um orçamento reduzido em comparação aos anos anteriores a equipa de Rui Vitória alcançou um oitavo lugar na liga, mas mais importante que isso, a presença no Jamor que lhe valeu uma entrada na competições Europeias.


Outra vez a arbitragem


Para acabar vou ter de falar de um tema que eu não gostaria de abordar, que é arbitragem. Mais uma vez a liga vai ficar manchada por erros graves da arbitragem. Não é normal termos tantos árbitros internacionais e ao mesmo tempo cometerem tantos erros. Arbitragens de Capela na Luz no Benfica-Sporting e de Hugo Miguel no Paços Ferreira-F.C.Porto vão ficar na mente de todos os amantes do futebol.

P.S- A frase de Augusto Inácio vai ficar entre as melhores desta época quando afirma que no futebol Português "a porcaria está lá toda só mudam as moscas". Fico triste de ver um clube como o Moreirense, que tem as contas todas em dia descer à segunda liga, pois enquanto as equipas não forem severamente castigadas, iremos continuar a ver a vergonha dos salários em atraso na primeira liga. O Beira Mar é a outra equipa que acompanha o Moreirense à segunda liga.

Este artigo foi redigido por Tiago Rodrigues, administrador do blog

domingo, 19 de maio de 2013

Rio Ave ainda acredita

Rio Ave ainda acredita


Em Guimarães vive-se já o ambiente do Jamor, as pessoas não falam de outra coisa, a conversa é apenas uma que é a final frente ao Benfica. Por muito que Rui Vitória diga o contrário, a cabeça dos jogadores está um pouco distante e isso tem-se verificado nas últimas partidas onde o Vitória apenas venceu em casa frente ao Gil Vicente e de uma forma injusta. Nas outras duas partidas, empatou em casa 2-2 frente ao Paços e perdeu ainda na Madeira 1-0 frente ao Marítimo.

Frente ao Gil Vicente aquele que tem sido o melhor jogador da equipa, que é o guarda-redes Douglas, cometeu um erro crasso numa saída em falso. Ele próprio admitiu no final dessa partida que os jogadores sem querer estão já com a cabeça nessa final frente aos encarnados. Há ainda o medo dos atletas em não se querer lesionar antes do jogo da temporada para os vitorianos, por isso é de esperar uma equipa mais macia do que é habitual.

Rui Vitória na antevisão deste encontro afirmou o seguinte: «Estamos com muita vontade de jogar e estamos preparados para trabalhar muito para ganhar porque queremos despedir-nos dos nossos adeptos com uma vitória. Vai ser uma última jornada engraçada porque há uma luta acesa por diferentes objetivos e isso é muito interessante, valoriza muito o nosso campeonato».

V. Guimarães: Douglas; Kanu, Paulo Oliveira, Freire e Addy; Leonel Olímpio e André; João Ribeiro, Tiago Rodrigues e Barrientos; Amido Baldé.


O Rio Ave só a vitória lhe interessa, o treinador e restante comitiva ainda acreditam porque o Estoril nunca venceu em Barcelos, aliás, perdeu sempre frente aos Gilistas fora de casa. Falando nos jogos fora de casa deste Rio Ave, apesar de não ter vencido nenhum dos últimos cinco jogos como visitante, é de realçar aqui um pormenor que é o facto de apenas numa deslocação ter sido de grau de dificuldade baixa, porque as restantes foram frente ao Nacional na Choupana e empataram 1-1, perderam ainda em Paços e também frente ao Porto e Benfica.

É das melhores equipas a jogar fora de casa, tendo vencido seis dos catorze jogos como forasteiro. Por exemplo, foi vencer ao Estoril, Sporting, Setúbal, Gil Vicente e Académica. Na derrota em Olhão por 1-0, foi claramente superior ao Olhanense tendo desperdiçado algumas ocasiões de golo flagrantes. Antes de terminar a minha análise, tenho que falar de uma curiosidade que é a seguinte: 
o Vitória perdeu nas últimas duas vezes que terminou o campeonato em casa, tendo perdido frente ao Marítimo por 1-2 e na época passada frente á Académica por 1-2.

Na antevisão deste encontro Nuno Espirito Santo afirmou que : «Será fácil abstrair-nos do jogo do Estoril, pois temos a consciência absoluta de que só vencendo será possível aspirar a seja o que for. A nossa atitude clara: é a de querer vencer com a ambição de terminamos a época da melhor maneira.»

Rio Ave: Oblak; Lionn, Marcelo, Rodriguez e Edimar; Tarantini e André Vilas Boas; Ukra, Braga e Bebé; Hassan.


Regressam à equipa vila-condense três jogadores importantes, um em cada sector, falo de Marcelo, Filipe Augusto(grande jogador) e ainda Ukra. Depois da análise que fiz, acredito que o Rio Ave acabe por vencer este jogo porque o Vitória está mais preocupado com a final da Taça e por outro lado, os vila-condenses têm aqui uma excelente oportunidade de chegar à Liga Europa.

Este artigo foi redigido por Pedro Ribeiro, colaborador do blog

Europa e permanência em jogo

Permanência e Europa em jogo


Grande jogo em perspectiva em Barcelos. Duas equipas que ainda precisam do jogo para alcançar os seus objectivos, no entanto podem perder na mesma e alcançar os objectivos se os seus adversários directos não alcançarem os três pontos, logo a Europa e a Permanência vai mesmo passar por Barcelos.

O Gil Vicente depois de parecer estar a salvo da permanência  as duas derrotas em Guimarães por 3-1 e no rio Ave por 2-1, levaram a equipa a uma situação complicada, mas ainda tem atrás de si o Beira Mar que recebe o Sporting, o Moreirense o Benfica e ainda tem o Olhanense que recebe o Maritimo. Por isso a derrota até pode chegar para a equipa de Paulo Alves conseguir a permanência  O Gil é uma equipa que não aprecio muito na maneira de jogar, no entanto tive oportunidade de ver o jogo em Guimarães e foi uma equipa que me surpreendeu pela positiva com dois jogadores a destacarem-se dos restantes, falo de César Peixoto e do ponta de lança Hugo Vieira que é sem duvida um excelente ponta de lança. A jogar em casa a equipa tem um registo de quatro vitórias, três empates e sete derrotas.

Para este jogo Paulo Alves afirmou o seguinte: «Estamos confiantes e tranquilos porque sabemos que dependemos exclusivamente de nós, embora reconheçamos que se trata de um jogo difícil. Espero que a minha equipa tenha uma atitude séria e rigorosa para não surgirem surpresas desagradáveis em casa.»

GIL VICENTE: Murta; Éder, Sandro, Halisson e Luís Martins; André Cunha, César Peixoto e João Vilela; Brito, Yero e Hugo Vieira. 


O Estoril é sem duvida a par do Paços de Ferreira uma das grandes sensações da liga. A equipa da liga pratica um futebol de qualidade e isso foi evidente na Luz onde o Estoril parou o Benfica e pode mesmo ter ajudado o F.C.Porto na conquista do Tri. É uma equipa a par do Paços que tem um treinador jovem mas de grande qualidade. Depois tem jogadores que tem meio mundo atrás de si e destaco Steven Vitória, Jefferson, Luis Leal e Licá. Fora de casa a equipa tem um registo de três vitórias, quatro empates e sete derrotas.

Na antevisão deste encontro Marco Silva afirmou o seguinte: «Esperamos um Gil Vicente empenhado, que nos vai criar dificuldades e a querer resolver a sua situação. Não existe nervosismo. Percebemos que é um jogo que pode marcar a história deste clube e da qual poderemos fazer parte. Na época passada já fizemos algo de muito importante e agora poder carimbar este regresso à I Liga com o apuramento para a Europa será algo de inédito e muito importante para este grupo de trabalho.»

ESTORIL: Vagner, Anderson, Yohan Tavares, Steven Vitória e Jefferson; Gonçalo Santos, Diogo Amado e Carlos Eduardo; Gerso, Luís Leal e Licá.

 

Apenas quatro jogos em Barcelos entre estas duas equipas, a contar para a Liga. O Gil Vicente ganhou três e registou-se um empate. A última vez foi na época 2004/05. O Gil ganhou 2-0. O Estoril venceu duas vezes no reduto Gilista mas em jogos da Taça de Portugal (0-2 em 95/96) e Liga de Honra (0-2 em 09/10).

Em conclusão e olhando estas duas equipas vejo o Estoril vencer este jogo, pois tem um plantel de melhor qualidade. O Gil sabe que os seus adversários directos tem jogos bastante complicados e pode mesmo perder que o objectivo fica alcançado. O Estoril sabe no entanto que o empate chega para alcançar o objectivo por isso.

Este artigo foi redigido por Tiago Rodrigues, administrador do blog