Atlanta tenta recuperar
Indiana Pacers
Consolidaram-se bastante como equipa esta época, depois de na anterior muito terem prometido. Terminaram a fase regular com 49 vitórias e 32 derrotas, apenas abaixo de Miami e New York na Conferência Este. No primeiro jogo da série com os Hawks, os Pacers ganharam por 90-107, estando durante todo o jogo no comando e tendo terminado logo o primeiro período com um parcial de 26-34. Nesse jogo 1, o que mais diferenciou as duas equipas foram os ressaltos capturados, com os Pacers a conquistar 48 contra apenas 32 dos Hawks. Destaque para o facto de, nesses 48, 15 terem sido ressaltos ganhos na tabela ofensiva, com Roy Hibbert (16 pontos, 8 ressaltos, 2 bloqueios) e Tyler Hansbrough (9 pontos, 5 ressaltos) em destaque. A grande estrela desse jogo foi Paul George (23 pontos, 11 ressaltos, 12 assistências) com o primeiro triplo-duplo dos playoffs. Referência ainda para as boas exibições de David West (13 pontos, 9 ressaltos) e Lance Stephenson (13 pontos, 5 ressaltos, 4 assistências), com George Hill (18 pontos) também em bom plano, com 3-4 em triplos. No segundo jogo a história foi muito semelhante e só muda o resultado final, 98-113. Os Pacers colocaram-se na frente desde cedo e tornaram a ganhar de forma confortável por números muito simpáticos. Neste jogo, referência para a boa forma de Paul George (27 pontos, 8 ressaltos), Roy Hibbert (15 pontos, 9 ressaltos, 3 bloqueios), George Hill (22 pontos) e ainda, vindo do banco, Gerald Green (15 pontos).
Hoje, os Pacers têm uma deslocação difícil à Philips Arena, procuram o 3-0 na eliminatória, o que sentenciaria de vez a mesma, tendo em conta que nunca nenhuma equipa na história conseguiu reverter esse resultado e ainda existem mais dois jogos a disputar em Indianapolis, caso necessário. Em termos de ausentes, apenas Danny Granger, que falhou praticamente toda a temporada.
Atlanta Hawks
Caracterizaram-se na época regular por serem uma equipa capaz do melhor e do pior num curto espaço de tempo. Terminaram no sexto lugar da Conferência Este, com 44 vitórias e 38 derrotas, um registo melhor que Boston e Milwaukee e muito próximo de Chicago. Como já descrevi em cima, os Hawks perderam o primeiro jogo por 90-107, falhando essencialmente na matéria dos ressaltos. Mesmo assim, destaque para as exibições de Josh Smith (15 pontos, 8 ressaltos, 5 assistências), Al Horford (14 pontos, 6 ressaltos, 1 bloqueio) e Jeff Teague (21 pontos, 7 assistências). Mesmo assim, é de realçar que o contributo de Al Horford foi muito inferior ao esperado e do que a equipa necessita nesta série. Realce para o bom contributo de Ivan Johnson (10 pontos, 5 ressaltos, 1 bloqueio) vindo do banco. No segundo jogo, perderam por 98-113, com um filme de jogo muito idêntico. Entraram melhor apenas nos minutos iniciais do primeiro período, logo perderam a liderança e nunca mais foram capazes de recuperar. Melhoraram substancialmente na "capturação" de ressaltos (41 contra os 32 do jogo 1), mas continuaram a perder para os Pacers na agressividade a defender, algo em que o factor casa pode ajudar bastante neste tipo de embate. Neste jogo 2, destaque para as participações de Josh Smitu (16 pontos, 6 ressaltos), Al Horford (13 pontos, 10 ressaltos, 5 assistências), Devin Harris (17 pontos, 4 assistências, 1 bloqueio) e Jeff Teague (16 pontos, 5 assistências, 1 bloqueio). Vindo do banco, não houve nenhum jogador que se destacasse particularmente.
Neste jogo 3, os Hawks estão moralmente obrigados a ganhar para ainda poder sonhar com a qualificação para as meias-finais do Este. Perderam os dois primeiros jogos em Indianapolis e têm a hipótese de, agora perante o seu público, empatar a eliminatória, sendo que o objectivo para esta noite será reduzir a desvantagem, o que aumentaria muito a confiança de uma equipa que é capaz de fazer muito melhor do que conseguiu nos dois primeiros jogos.
A equipa de Atlanta, no jogo 1 e no jogo 2, falhou essencialmente ao permitir aos Pacers a concretização de muitos pontos fáceis. Terminaram a época regular com uma média de 97.5 pontos sofridos por jogo num total de 82 jogos e a contar pelos dois jogos contra Indiana, sofreram uma média altíssima de 110 pontos. Em casa, creio que Josh Smith e Al Horford terão capacidade para se impôr mais no jogo interior perante Roy Hibbert e David West, sendo que este último não tem estado em particular evidência. Isso poderá fazer a diferença nos números finais da partida, sendo que terão também de melhorar a defesa exterior, com George Hill a ser o elemento em maior foco neste ponto. Acredito que sejam capazes para tal, impulsionados pelos seus adeptos, sabendo que em caso de derrota dizem um adeus quase definitivo a estes playoffs. Posto isto, parece-me que Indiana (que nem é uma formação muito habilidosa no processo atacante) pode vir a relaxar mais e a piorar a sua prestação a jogar fora, algo comum durante a época regular.
Este artigo foi redigido por Hugo Cruz, colaborador do blog